Centros de saúde e hospitais têm de se preparar para temperaturas extremas

A Direção-Geral da Saúde e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge emitiram uma orientação aos hospitais, centros de saúde e unidades da rede de cuidados continuados para que se preparem de forma "adequada" para as temperaturas extremas, recordando que Portugal é "um dos países mais vulneráveis às alterações climáticas e à ocorrência de fenómenos climáticos extremos".
A orientação com data de 13 de julho e consultada pela TSF recorda os estudos que avaliaram a repercussão do calor extremo na mortalidade e em especial um trabalho de 2008 que concluiu que a mortalidade aumentou nos hospitais na onda de calor de 2003 e que a sobrevivência é melhor quando existe ar condicionado para os doentes com mais de 45 anos, numa "redução de 40% no risco de morrer".
Uma preocupação que é maior tendo em conta o envelhecimento da população e o crescimento da prevalência das doenças crónicas.
As autoridades de saúde defendem que é preciso "promover a adaptação às alterações climáticas no setor da saúde".
Reparar avarias a tempo e salas climatizadas para doentes crónicos
A orientação agora emitida pede às unidades do Serviço Nacional de Saúde que se preparem para responder de forma "adequada a situações de temperaturas extremas".
Por exemplo, "promovendo a instalação de equipamentos de climatização" e a "manutenção preventiva, de acordo com as especificações do fabricante, dos sistemas de Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado, de modo a aumentar a sua eficiência e a minimizar as avarias", garantindo que são reparados os "problemas identificados nas avaliações da climatização".
Em paralelo será preciso "promover a adequada climatização dos espaços de observação, internamento e salas de espera", tendo "salas climatizadas para, em caso de calor ou frio intenso, acolher doentes crónicos que necessitem de cuidados básicos".