Cautela para grávidas que tomem valproato por risco de malformações
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Em comunicado, o Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento adianta que publicou uma nova infografia informativa no seu portal na Internet dedicada a estes medicamentos, que se destinam a tratar epilepsia, doença bipolar e a prevenir enxaquecas.
“Os benefícios destes medicamentos superam os riscos, mas a sua utilização durante uma gravidez deve ser avaliada com cautela e celeridade, porque estas substâncias podem causar malformações graves nos bebés e afetar o seu desenvolvimento”, alerta o Infarmed.
No caso em que os medicamentos são apenas usados para prevenção de enxaquecas, em caso de gravidez ou suspeita de gravidez o instituto recomenda a interrupção imediata do tratamento.
“Nas restantes doenças – bipolar e epilepsia – o tratamento não deve ser interrompido. Essa decisão caberá ao médico, que deverá ser contactado com a máxima urgência”, acrescenta o comunicado.
O Infarmed recomenda ainda que “a gravidez em mulheres que utilizam estes medicamentos” seja “planeada de forma a garantir o controlo da doença, aconselhando-se o uso de um contracetivo até que haja um aconselhamento com o médico e uma decisão quanto ao tratamento mais adequado e seguro”.
O organismo de saúde refere ainda que “tem estado a acompanhar em proximidade e atentamente a informação relativa ao uso destas substâncias” e que estes medicamentos se mantêm em “monitorização adicional”.
A Agência do Medicamento de França concluiu que o fármaco para epilepsia e distúrbio bipolar Valproato provocou entre 2.150 a 4.100 malformações congénitas em crianças de mães tratadas com o fármaco nos últimos 50 anos.
A conclusão, divulgada no ‘site’ da agência francesa, consta de um estudo feito desde a altura em que este medicamento começou a ser disponibilizado, em 1967, até 2016. Mais conclusões serão apresentadas no segundo semestre deste ano.