Portugal está entre os países com índices de dor mais elevados
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A dor tem a capacidade de afetar os indivíduos nas mais variadas vertentes da sua vida, seja profissional seja familiar. A produção, desempenho e rentabilidade no trabalho são afetadas e também as atividades e programas com familiares e amigos acabam por ser canceladas devido ao mau estar relacionado com a dor.
Alguns dados do estudo sobre a dor divulgado na passada semana revelam que dos 15 países europeus analisados, Portugal tem o quarto valor mais elevado no que se refere à prevalência semanal da dor corporal (61%), enquanto a prevalência da dor de cabeça semanal está alinhada com a tendência global, com comparativamente menor prevalência semanal entre sofredores (16%).
Além do impacto negativo na progressão das carreiras profissionais, no processo de socialização e gestão familiar, a dor afeta de forma grave a qualidade de vida dos portugueses. No entanto, entre a população portuguesa, apesar de as pessoas confiarem no diagnóstico realizado pelos profissionais de saúde e de realizarem o tratamento por eles sugerido, ainda existem muitas que ignoram a dor e não tomam medidas para a combater, esperando apenas que ela desapareça. Os efeitos negativos deste problema estendem-se também a outras áreas, sendo que representa um prejuízo para a economia nacional tal como acontece com outros problemas de saúde, como o cancro e as doenças cardiovasculares.
Para sensibilizar a população foi lançado o site ‘Movimento Portugal sem Dor’ que procura alertar não só para as consequências da dor na vida dos portugueses, mas também para a importância da criação e adoção de estratégias que promovam o alívio ou tratamento deste problema e uma melhor qualidade de vida. Para um “Portugal sem Dor” e mais feliz, é importante adotar um estilo de vida mais equilibrado, que inclua atividade física e um acompanhamento regular da saúde.
O Dia Nacional da Luta Contra a Dor permite assim consciencializar os portugueses para as potenciais consequências da dor e criar um debate sobre as causas e os efeitos na sociedade e na economia. Só desta forma será possível a tomada de medidas no combate a este problema generalizado entre a população portuguesa, permitindo o acesso aos tratamentos mais eficazes.