Psicóloga Clínica dá conselhos aos pais sobre o perigoso jogo da “Baleia azul”
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De acordo com a especialista, “A ausência e falta de proximidade parental pode abrir um espaço para este tipo de fenómenos, pelo que é fundamental que os pais estejam especialmente atentos aos sinais. O adolescente, sendo vulnerável, tem curiosidade pela novidade e pela descoberta e, muitas vezes, não é fácil detetar. O jogo da “Baleia Azul” concretiza-se numa predisposição de uma geração cada vez mais virtual e com tendência para se isolar.” A terapeuta coordena um grupo de apoio a pais todas as terças-feiras e tem sentido essa preocupação.
Como identificar as mudanças provocadas pelo jogo?
- Isolamento, afastamento da família e dos amigos;
- Perda do interesse nas atividades que costumava fazer;
- Perda do interesse nas pessoas;
- Mudanças nos hábitos de sono (insónias ou dormir mais do que o habitual);
- Mudanças nos hábitos alimentares;
- Irritabilidade, crises de raiva;
- Recusar-se a ir à escola;
- Comportamentos autodestrutivos, como a automutilação e exposição a situações de risco
- Bulliyng;
- Publicar imagens de baixa-autoestima nas redes sociais;
- Interesse anormal por filmes de terror;
- Preocupação com a temática da morte e violência.
Sugestões da psicóloga para os pais
1- Estar atento aos comportamentos do seu filho e explicar os perigos associados a estes jogos virtuais a que estão sujeitos, criando um clima de confiança, abertura e disponibilidade.
2- Caso detete alguma mudança de comportamento, como a ansiedade, o medo, o isolamento, ter pesadelos, esconder o telemóvel, cansaço, andar sempre de mangas compridas, entre outros, fale abertamente com o seu filho e mostre-lhe que, pode e deve contar e confiar em si.
3- Tente perceber junto do seu filho se já ouviu falar no jogo, ou se tem algum conhecimento acerca do mesmo. Em caso afirmativo, sensibilize-o quanto à importância de relatar todas as suspeitas, nomeadamente se receber alguma mensagem, ou souber de alguém que a tenha recebido.