Consumo de adoçante potencia formação de gordura no organismo
Para o estudo, a equipa liderada por Sabyasachi Sen analisou os efeitos do adoçante artificial sucralose em células estaminais do tecido adiposo. Segundo a investigação, este tipo de adoçante é usado numa variedade ampla de alimentos, como cereais de pequeno-almoço, refrigerantes e bolos.
Em laboratório, segundo o Sapo, as células estaminais foram expostas a esta classe de adoçante durante 12 dias, numa dose equivalente à de quem consome quatro latas diárias de refrigerantes "light".
O estudo concluiu que as células estaminais expostas ao adoçante demonstravam um maior expressão dos genes indicadores de produção de gordura e inflamação.
Depois disso, foram efetuadas biópsias à gordura abdominal de oito adultos, consumires de adoçante, quatro dos quais obesos e quatro saudáveis. Os resultados foram comparados com material genético de adultos que não consumiam adoçante.
Os investigadores aperceberam-se que os adultos que consumiam adoçante evidenciavam um aumento no transporte da glicose para as células e uma expressão exagerada de genes associados à produção de gordura, sobretudo nos voluntários obesos.
Segundo os investigadores, este aumento no transporte da glicose para as células poderá ser particularmente preocupante para os adultos com pré-diabetes e diabetes. "Achamos que os adoçantes de baixas calorias promovem a formação adicional de gordura permitindo que entre mais glicose nas células, causando um processo de inflamação, o que pode ser mais nocivo para os indivíduos obesos", lê-se numa nota da Universidade George Washington.