Grupo Português de Glaucoma alerta para os “roubos de visão” que afetam 150 mil portugueses
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Esta campanha estará patente em 210 faces da rede MUPI e 72 faces digitais de centros comerciais em Lisboa, Porto e Coimbra, entre 8 e 14 de março.
Ainda desconhecido por muitos, o glaucoma é subdiagnosticado e “silencioso” ao provocar danos progressivos na visão sem aviso até às fases mais avançadas da doença. Apesar de o tratamento ser eficaz na estabilização desta patologia, é incapaz de reverter as lesões já provocadas. Isto significa que quanto mais precoce o diagnóstico, maior é a visão preservada.
António Figueiredo, coordenador do Grupo Português de Glaucoma (GPG), explica que o objetivo desta campanha é “esclarecer os portugueses sobre uma doença oftalmológica que não tem sintomas na sua fase inicial. O glaucoma é uma espécie de “ladrão silencioso” que vai “roubando” a visão sem que o doente se aperceba. Quando os sintomas se instalam já não é possível revertê-los. Esta campanha, pretende, portanto, levar a população a procurar regularmente o oftalmologista para prevenir ou tratar atempadamente o glaucoma”.
O glaucoma afeta cerca de 80 milhões de pessoas em todo o mundo e representa um problema não só de oftalmologia mas também de saúde pública. É a segunda causa mundial de cegueira (cerca de 9 milhões de cegos por glaucoma em todo o mundo) e a primeira causa de cegueira irreversível evitável. Estima-se que mesmo nos países desenvolvidos só cerca de 50% dos portadores de glaucoma sejam diagnosticados e tratados porque a maioria dos doentes inicialmente não tem alterações visuais percetíveis.
Na Semana Mundial do Glaucoma o GPG organiza também a sua reunião científica anual de debate sobre esta patologia que decorrerá em Peniche nos dias 17 e 18 de março.