Divulgadas medidas de proteção para viajantes após surto de febre-amarela no Brasil
No comunicado, assinado pelo diretor-geral Francisco George, são indicadas três medidas prioritárias para prevenir a picada de mosquitos, responsáveis pela transmissão da doença: marcação de uma Consulta do viajante pelo menos quatro semanas antes da partida, a vacinação contra a febre-amarela, se aplicável, e a adoção de um conjunto de precauções individuais.
Neste último caso, indica-se a aplicação de repelentes, proteção das crianças (carrinhos de bebé, berços) com redes mosquiteiras, opção por alojamento com ar condicionado ou, em alternativa, utilizar redes mosquiteiras, mesmo durante o dia, utilização de vestuário preferencialmente largo, ou diminuição da exposição corporal à picada (camisas de manga comprida, calças e calçado fechado).
No caso dos viajantes que apresentem sintomas sugestivos de infeção por febre-amarela (febre, calafrios, dores de cabeça intensas, dores musculares, fadiga, náuseas e vómitos), durante 14 dias após o regresso, aconselha-se o contacto com a Saúde 24 (808 24 24 24) ou uma consulta médica, referindo a viagem recente.
Para informações complementares, os interessados devem contactar os serviços da Consulta do viajante ou o médico assistente. Antes da viagem, a Direção-Geral da Saúde propõe a consulta do ‘site’ http://portalsaude.saude.gov.br/. sobre a evolução da situação no Brasil.
Em 13 de janeiro, o governador do Estado de Minas Gerais decretou uma Situação de Emergência Regional em Saúde Pública na sequência do surto de febre-amarela entretanto detetado.
De acordo com o comunicado da Direção-Geral da Saúde, até segunda-feira tinham sido notificados 391 casos em Minas Gerais, incluindo 83 óbitos. Também noutros estados foi registado um aumento do número de casos de febre-amarela, designadamente em Espírito Santo (19 casos, um óbito), Baía (seis casos) e São Paulo (três casos, três óbitos).
Estão em curso campanhas de vacinação nos estados afetados.