Estudo

Cientistas identificaram as sete proteínas mais perigosas do vírus Zika

Um grupo de cientistas dos Estados Unidos conseguiu identificar as sete proteínas mais prejudiciais do vírus Zika, uma descoberta que pode ajudar a entender melhor como esta doença ataca as células do corpo humano, segundo um estudo divulgado pela revista "Proceedings", da Academia de Ciências americana.

A investigação, realizada por cientistas da faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, é a primeira a identificar estas proteínas e também é a primeira a descrever de forma completa o conjunto de genes do vírus Zika. "O mecanismo deste vírus era um verdadeiro mistério", reconheceu o investigador principal do estudo, Richard Zhao, professor de Patologia na instituição.

"Estes resultados dão-nos uma visão crucial sobre como o Zika afeta as células. Agora temos algumas pistas realmente valiosas para futuras pesquisas", acrescentou.

Para realizar o estudo, escreve o Sapo, Zhao e a equipa separaram as 14 proteínas do vírus Zika, assim como os seus péptidos, ou seja, as moléculas formadas pela união covalente de dois ou mais aminoácidos.

Os cientistas confrontaram as 14 proteínas com as células de uma espécie de levedura, conhecida em inglês como "fission yeast" e que nos últimos anos se transformou num método comum para descobrir como os agente patogénicos (microorganismos que originam uma doença) afetam as células.

Graças a esse método inovador, os cientistas conseguiram ver que sete dessas 14 proteínas do vírus Zika eram especialmente perigosas porque tinham afetado as células da levedura de alguma forma, seja matando-as, danificando-as ou inibindo o seu crescimento.

Fonte: 
Sapo
Nota: 
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