Molécula anti-inflamatória pode abrir portas a novos tratamentos do Alzheimer
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Uma molécula anti-inflamatória pode abrir portas a novos tratamentos da doença de Alzheimer, através da imunoterapia. Um grupo de investigadores franceses do Instituto Nacional de Saúde e de Pesquisa Médica (Inserm) conseguiu demonstrar em laboratório a eficácia da interleucina-2, também conhecida como IL-2, na recuperação de capacidades cognitivas em ratos. A expetativa dos cientistas é que também o permita nos seres humanos, escreve o Sapo.
As pessoas que sofrem desta patologia são vítima de demência, provocada por uma inflamação de neurónios, associada à formação de placas de amiloides no cérebro. A administração desta proteína aos roedores usados na experiência laboratorial levada a cabo permitiu reduzir essa quantidade e, ao fim de várias semanas, possibilitou a recuperação de várias ligações neuronais.
“Este trabalho comprova que a imunoterapia pode ser usada para tratar a doença”, afirmaram os investigadores à revista Brain. “Este tratamento ataca sobretudo as consequências da doença, nomeadamente a perda de sinapses e os sintomas cognitivos que as acompanham”, referem ainda. Para determinar os efeitos da interleucina-2 no organismo humano, vão ter de ser, contudo, necessários testes e investigações suplementares.