O retrato "mental" dos sem-abrigo de Lisboa

As duas entidades uniram meios e recursos, juntando na mesma equipa psicólogos, assistentes sociais e psiquiatras.
São eles que percorrem as ruas de Lisboa para consultar quem vive sem um teto ou que os acolhem na unidade hospitalar.
O álcool é o problema dominante nesta população, mas não o único, escreve a TSF. Há também muitos casos de psicoses, esquizofrenia e dependência de drogas ilícitas.
Segundo António Bento, diretor do serviço de Psiquiatria Geral do Centro Hospitalar Psiquiátrico, esta população, na cidade de Lisboa, rondará cerca de duas mil pessoas.
Após a assinatura deste protocolo já foram assistidos cerca de duas centenas de sem-abrigo.
António Bento explica que cada caso é um caso. O sucesso do tratamento não está garantido, porque a adesão às consultas é voluntária, ainda assim, as equipas que prestam apoio não desistem, apesar de não "haver respostas mágicas".
Um ano depois da assinatura do protocolo entre a Câmara Municipal de Lisboa e o Centro Hospitalar Psiquiátrico (que alberga o Hospital Júlio de Matos e o Hospital Miguel Bombarda), António Bento refere que a parceria tem agora por objetivo garantir que nenhum sem-abrigo esteja na rua ou sem assistência por falta de recursos.