Exames devem ser realizados dentro do SNS, sem recorrer a convencionados
O anuncio foi feito hoje pelo ministro da Saúde durante a comissão parlamentar, onde foi chamado para prestar esclarecimentos sobre o despacho que obriga os hospitais a controlar a despesa.
Falando já sobre política geral de saúde, Adalberto Campos Fernandes revelou que “vai arrancar finalmente com a criação de centros de responsabilidade integrada” e que está a ser estudada a inclusão no SIGIC (programa de combate às listas de espera) da possibilidade de pagar incentivos para a realização de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT).
De acordo com Adalberto Campos Fernandes, a “única limitação para a internalização” são os direitos de acesso, que preveem tempos máximos de resposta garantidos para o acesso àqueles cuidados de saúde.
Com os centros de responsabilidade integrada será possível realizar mais exames diferenciados dentro do Serviço Nacional de Saúde (SNS), segundo o ministro, para quem o ideal é internalizar o mais possível os exames, sem ter de estar a pagar aos convencionados.
O ministro revelou ainda que até ao final do ano estarão aprovados mais de 60 medicamentos inovadores, o que constitui um “número recorde”.
Sobre as unidades hospitalares, ficou a saber-se que o Hospital do Oeste vai passar a Entidade Pública Empresarial, que no próximo ano serão iniciados os trabalhos de lançamento de concurso para construção do Hospital do Oriente (que não estará concluído antes de 4/5 anos) e que o Algarve “merece a equação de um hospital central de cariz universitário”.
O ministro anunciou ainda a construção de 34 centros de saúde no próximo ano, alguns já em execução, no âmbito de protocolos com autarquias.
Serão ainda construídos fora destes protocolos, apenas sob a responsabilidade da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, mais dois centros de saúde em 2017: um em Corroios (Seixal) e outro em Peniche.