Zonas balneares têm melhor qualidade e menos casos de proibição de banhos
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Este verão existem mais 10 zonas balneares, atingindo um total de 579, das quais 443 costeiras, 22 de transição, em estuários, por exemplo, e 115 interiores.
No entanto, "o número de análises e de praias afetadas com registos dos parâmetros enterecocos intestinais escherichia coli acima do valor limite" na avaliação pontual, que implica desaconselhar o banho ou mesmo proibir, "desceu consideravelmente", salienta a Zero.
A conclusão da Associação Sistema Sustentável Terrestre - Zero baseia-se nos resultados das análises efetuadas até 31 de julho e disponibilizadas no Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Assim, em comunicado hoje divulgado, a associação ambientalista liderada por Francisco Ferreira diz estar satisfeita com a melhoria das águas balneares.
Em 2015, foram 16 as praias, das quais três interiores, a apresentar, pelo menos, uma análise acima do valor-limite e, este ano, esse valor desceu para 10 praias, quatro das quais interiores.
Até agora, salienta a Zero, estiveram interditas duas praias (Mosteiro, em Pedrogão Grande e Gorgulho, no Funchal). No segundo caso, a interdição de cinco dias esteve relacionada com a má qualidade da água.
Na lista das praias que a associação de defesa do ambiente analisou, entre os problemas foram mais significativos estão Adaúde, em Braga, Frente Azul e Seca, em Espinho, Gorgulho, no Funchal, Bogueira, na Lousã, Porto Santo - Ribeiro Cochino em Porto Santo, Troviscal em Sertã e Miramar em Vila Nova de Gaia.
Em Parque Dr. José Gama, em Mirandela, e Vila Praia de Âncora, em Caminha, "ainda não é apresentada uma análise onde os valores-limite tenham deixado de ser ultrapassados".
A Zero lamenta que na base de dados consultada não estejam presentes quaisquer dados de zonas balneares na região autónoma dos Açores.
E recomenda que os frequentadores das zonas balneares tenham em atenção a qualidade da água do mar ou dos rios.
No decurso da época balnear há necessidade de avaliar a qualidade da água numa perspetiva de prevenção do risco para a saúde que possa resultar de situações de poluição de curta duração ou de situações anormais, pelo que é realizada uma avaliação pontual/amostra a amostra.
Uma água balnear considera-se "imprópria para banhos", ou seja, o banho deverá ser desaconselhado ou mesmo proibido, quando um resultado dos parâmetros analisados ultrapassar qualquer um dos valores estipulados como limite.