Xerostomia

A xerostomia é a sensação subjectiva de boca seca, consequente ou não da diminuição da função das glândulas salivares, com alterações quer na quantidade, quer na qualidade da saliva. É um sintoma frequente em doentes em cuidados paliativos e a sua prevalência é referida como de 60 a 88 por cento na doença oncológica progressiva e avançada.
Tem consequências físicas mas, também, psicológicas e sociais. A saliva desempenha um papel importante na manutenção das condições fisiológicas normais dos tecidos da boca. Para além de humidificar os tecidos da cavidade oral, a propriedade lubrificante da saliva auxilia a formação e deglutição do bolo alimentar, facilita a fonética e previne danos dos tecidos causados quer por agentes mecânicos quer por microrganismos nocivos.
A xerostomia resulta de três causas básicas: factores que afectam o centro salivar, factores que alteram a estimulação autonómica e alterações da função das próprias glândulas. O diagnóstico é fundamentalmente clínico. Deve-se avaliar pormenorizadamente o estado da boca e a situação funcional real podendo empregar-se métodos quantitativos para determinar a secreção salivar em repouso ou por estimulação quando a situação o justificar.

Nota: 
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