Vacina sintética contra vírus respiratório
Bruno Correia, do Instituto Gulbenkian de Ciência, e colegas do Departamento de Bioquímica da Universidade de Washington e do Scripps Research Institute, ambos nos Estados Unidos, geraram em computador sequências de uma proteína, de modo a que produzissem uma vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), responsável por infecções respiratórias em crianças, muitas fatais.
O investigador explicou que, após a sua caracterização bioquímica, a proteína foi produzida em laboratório e, depois, testada com êxito em macacos, que “têm um sistema imunitário muito parecido com o dos humanos”.
“Os anticorpos são produzidos quando injectamos a proteína no animal”, adiantou, precisando que a proteína, parecida com o VSR, “gerou anticorpos capazes de neutralizar o vírus”.
O próximo passo da equipa, antes de um possível ensaio clínico, é obter mais anticorpos contra o VSR, usando outras moléculas, com “mais possibilidades de neutralizar o vírus”. Segundo Bruno Correia, do programa doutoral de Biologia Computacional do Instituto Gulbenkian de Ciência, o método utilizado com o VSR para criar uma vacina experimental poderá ser testado com os vírus da sida, da gripe ou da hepatite C. Os resultados são publicados na revista Nature.