Um quinto dos portugueses acreditam que a sida se transmite por beijo
Trinta anos após o primeiro caso de SIDA em Portugal, o estudo “VIH: 30 Anos, 30 Mitos”, encomendado por um laboratório e realizado por uma empresa de estudos de mercado, revelou que 22% dos inquiridos considera que esta infecção se pode transmitir pelo beijo, o que não é verdade. Essa percentagem sobe para 35% na população com 65 ou mais anos.
O estudo contou com as respostas de 600 pessoas, inquiridas no final do ano passado, das quais 37% considera que “estar infectado com VIH é o mesmo que um diagnóstico de morte prematura”. Um quinto dos inquiridos acredita que a infecção pelo VIH/SIDA pode transmitir-se em piscinas, casas de banho e transportes, o que é falso.
Igualmente errada é a ideia de 50% dos inquiridos, para quem “ser picado por um insecto que picou uma pessoa infectada é uma forma de transmissão”.
Outras ideias erradas apontadas pelos inquiridos referem-se ao teste ao VIH: 12% pensa que uma empresa pode obrigar os seus funcionários a fazerem este teste, enquanto 51% acredita que uma empresa pode fazer o teste aos seus funcionários sem eles saberem.
Ao nível do tratamento, 66% considera que “o tratamento da infecção pelo VIH/SIDA tem muitas contra-indicações e muitos efeitos adversos”, embora “desde o desenvolvimento da terapêutica anti-retrovírica combinada que têm vindo a ser desenvolvidos regimes terapêuticos mais efectivos, simples e com melhor perfil de tolerabilidade”.
Sobre as atitudes face ao VIH/SIDA o estudo indica que 70% contaria aos seus amigos se estivesse infectado pelo vírus e que 89% não se importa de cumprimentar uma pessoa infectada pelo VIH. Menos de metade (35%) afirmou não se importar de ter uma relação afectiva com uma pessoa infectada pelo VIH.