Pneumonia mata 16 portugueses por dia
Os dados são de um estudo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), que decorreu entre 2000 e 2009, e analisou os internamentos nas instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Durante uma sessão sobre doença pneumocócita, que se realizou no âmbito das II Jornadas do Núcleo de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) /GRESP, o pneumologista Filipe Froes, um dos investigadores do estudo e membro da Comissão de Infecciologia Respiratória da SPP, lembrou que a idade é um factor de risco e a maioria dos doentes internados são idosos, uma situação justificada pelo envelhecimento da população portuguesa, ligado também a um crescimento de doenças crónicas como diabetes, hipertensão e obesidade.
“A partir dos 50 anos, há um risco acrescido da mortalidade por pneumonia adquirida da comunidade que se prende com um aumento da prevalência de doenças crónicas e, provavelmente, com fenómenos próprios do envelhecimento relacionados com a imunosenescência”, frisou o especialista.
Na época da gripe, aumenta o número de casos de pneumonia, uma das mais graves e mortais complicações da doença. O período de actividade gripal estende-se, habitualmente, entre dois a três meses. “Há o início de actividade, um pico e depois um decréscimo”, disse o pneumologista, acrescentando que neste momento a actividade gripal está na fase descendente.
Em Portugal, verificaram-se, entre 2000 e 2009, cerca de 300 mil internamentos de adultos por pneumonia, correspondentes a 3,7% do total de internados.