“Oficina da Diabetes” oferece cursos gratuitos a mulheres imigrantes
Ao mesmo tempo que promove a inclusão de mulheres imigrantes desempregadas, a “Oficina da Diabetes” contribui para a qualificação de um maior número de cuidadores que podem melhorar o dia-a-dia da pessoa com diabetes. O projecto tem início a 25 de Fevereiro (o primeiro de quatro) e destina-se a formar mulheres imigrantes, em situação de desemprego, na prestação de cuidados a crianças e idosos com diabetes.
Vencedor do Programa Cidadania Activa, da Fundação Calouste Gulbenkian, o projecto “Oficina da Diabetes” oferece uma formação abrangente, intensiva e prática no âmbito dos cuidados directos, especializada em diabetes. Exemplo disso, são os módulos relacionados com a prática culinária e a actividade física adequadas ao controlo da diabetes. As características e o tipo de população a quem se destina tornam esta oferta formativa inovadora e de grande valor humanitário.
“A situação em que vivem e o contexto de aculturação a que estão sujeitos os imigrantes leva a um aumento da prevalência da diabetes nesta população. Além disso, o facto da pessoa com diabetes precisar de cuidados 24 horas por dia, principalmente no caso dos idosos e das crianças, leva a que a formação nesta área seja uma ferramenta importantíssima não só para a inserção das mulheres na sociedade como para melhorar a vida das pessoas que ficarem ao seu cuidado, que não podem ser obrigatoriamente os profissionais de saúde”, defende o director do Programa Nacional para a Diabetes e presidente da Fundação Ernesto Roma, José Manuel Boavida.
Inserindo-se no domínio da Promoção dos valores democráticos, o projecto “Oficina da Diabetes”, que conta com o patrocínio científico da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e da Direcção-Geral da Saúde (DGS), envolve a defesa dos Direitos Humanos, dos direitos das minorias e a luta contra as discriminações.
“Com o projecto ‘Oficina da Diabetes’, a Fundação Ernesto Roma envolve uma questão específica e delicada como a da imigração, abarcando em simultâneo uma doença transversal a todos os países, já que afecta 352 milhões de pessoas no mundo. Vai, ainda, ao encontro de dois dos grandes objectivos da Fundação: contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas com diabetes e desenvolver programas na área da investigação, formação, assistência e educação terapêutica”, aponta Joana Oliveira, coordenadora do projecto.
Os cursos têm lugar na Escola da Diabetes, que conta com salas de formação, uma cozinha dietética e um espaço preparado para a prática de actividade física onde decorrerão os módulos 3 e 4, respectivamente. Cada programa de formação tem a duração de doze horas e destina-se a grupos de dez pessoas. A equipa de formadores é constituída por um médico, uma dietista/nutricionista, uma enfermeira, um chefe de cozinha e um professor de educação física.
As inscrições para os cursos estão abertas e devem ser feitas para a Fundação Ernesto Roma (através do telefone 213 816 178 ou do email [email protected]). Depois do primeiro curso, que decorre de 25 a 27 de Fevereiro, seguem-se o de 18 a 20 de Março, o de 25 a 27 de Março e o de 29 a 30 de Abril.