Mulheres correm mais riscos de sofrer AVC que homens
As mulheres, de todas as idades, correm mais riscos de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) do que os homens e têm também maiores factores de risco que favorecem os acidentes cerebrais, tais como enxaquecas, depressão, diabetes e arritmia cardíaca, revela a mesma associação. Dados difundidos pelo guia de recomendações da Associação Norte-Americana do Coração. Os acidentes vasculares cerebrais são a terceira causa de mortalidade entre as mulheres, depois das doenças cardíacas e do cancro, doença que é a quinta causa de morte nos homens.
As mulheres têm riscos específicos devido à gravidez e à utilização de hormonas, como a pílula contraceptiva, sublinha Cheryl Bushnell, professor adjunto de neurologia no Centro Médico Wake Forest, em Winston-Salem (Carolina do Norte, EUA), que preside ao grupo de peritos que elaborou as recomendações publicadas na revista médica Stroke.
Este novo guia insiste na importância de controlar regularmente a tensão arterial, nomeadamente em mulheres jovens, sobretudo antes de tomarem contraceptivos e de ficarem grávidas.
Os sintomas de um AVC em mulheres são similares aos dos homens: dormência súbita ou fraqueza do braço, dificuldades em falar ou compreender o que dizem os outros.
Contudo, revelam os autores do estudo, os sintomas de um acidente vascular cerebral nas mulheres podem ser mais subtis, uma vez que elas têm mais dificuldades em se expressarem ou estarem cientes do seu ambiente.
Um acidente vascular cerebral ocorre quando uma veia que irriga o cérebro é obstruída por um coágulo, causando a destruição dos tecidos cerebrais.