Médicos de família obrigados a aceitar vagas onde são mais precisos
Fernando Leal da Costa, secretário de Estado Adjunto e da Saúde, anunciou que os médicos de família iam ser obrigados a aceitar vagas onde fossem mais necessários e prioritários. Com destaque para a periferia de Lisboa e algumas regiões do interior. O governante admitiu que ainda existe mais de um milhão de portugueses sem médico de família.
O Bastonário da Ordem dos Médicos já afirmou, em declarações à rádio TSF, citadas pela TVI 24, estar surpreendido com a notícia. José Manuel Silva diz que não percebe o alcance da medida e chega mesmo a questionar se alguma vez foram contratados médicos onde não faziam falta.
Segundo o secretário de Estado Adjunto e da Saúde faltam cerca de 500 clínicos ao país e estão a ser pensadas várias medidas para resolver o problema como, por exemplo, alargar o número de utentes por cada médico ou ceder clínicos a centros de saúde de forma temporária.
Fernando Leal da Costa explica que vai ser “desenhado um mapa de vagas em função das zonas” onde há mais falta e a ideia é “ocuparem primeiro as vagas onde há maiores dificuldades”. Para o bastonário a falta de 500 médicos pode ser ultrapassada com os cerca de 400 jovens que concluem, todos os anos, a especialidade em Medicina Geral e Familiar.