Investigadores produzem pela primeira vez sangue artificial
Este sangue é produzido a partir de células estaminais e o objectivo dos investigadores é testá-lo em voluntários a partir de 2016. “Apesar de já ter sido feita investigação similar no passado, esta é a primeira vez que alguém fabrica sangue de qualidade apropriada e com padrões de segurança que permitem a transfusão para humanos”, disse o coordenador da investigação, Marc Turner, ao jornal Daily Telegraph, citado pelo Correio da Manhã Online.
A nova técnica traria diversas vantagens, de acordo com os cientistas. O sangue produzido seria todo do tipo O negativo, sem doenças e compatível com todos os doentes. O risco de infecções e de incompatibilidades seria assim bastante reduzido. E a possibilidade de fabricar sangue em grandes quantidades tornaria o produto mais acessível aos doentes. As células sanguíneas produzidas em laboratório seriam também mais novas e teriam maior longevidade. “A confirmar-se esta descoberta facilitaria muito a vida aos doentes e aos médicos e deixaríamos de ter o problema das compatibilidades do sangue”, disse o patologista clínico Germano de Sousa.
O responsável do projecto, Marc Turner, acredita que os custos de produção do novo sangue vão compensar. Esta é contudo uma das questões em que não existe unanimidade.