Investigação portuguesa a importação ilegal de vacinas
A Agência espanhola do Medicamento e Produtos Sanitários (AMPS) não tem conhecimento de qualquer investigação sobre este assunto”, disse à agência Lusa fonte oficial do Ministério da Saúde de Madrid, após ser contactado sobre o inquérito aberto pela Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed). Fonte do Ministério de Paulo Macedo informou que esta entidade abriu um inquérito a nível nacional para averiguar um eventual esquema de importação ilegal de vacinas da gripe desde Espanha.
Entretanto, o Infarmed esclareceu que foi apenas numa farmácia, e em quantidade muito reduzida, que encontrou vacinas contra a gripe importadas ilegalmente, adiantando ter alargado a inspecção a todo o país.
O presidente do Infarmed alertou para o risco de as vacinas que entraram ilegalmente no país serem falsificadas e adiantou que chegaram a ser vendidas e administradas a utentes, tendo sido pedida a comparticipação do Estado.
Eurico Castro Alves disse estar em causa a “eventual entrada de medicamentos falsificados e de origem desconhecida” no mercado português, uma situação que classifica de “gravíssima porque põe em causa a segurança das pessoas”.
“Há indicadores inegáveis da entrada ilegal [das vacinas] no país”, agora é preciso descobrir se há mais, quais os circuitos que seguem, quem as fabrica, se são falsificadas, disse, sublinhando ter sido, por isso, lançada de imediato uma “operação à escala nacional para garantir que tal não acontece”.
Para o presidente do Infarmed, é “inaceitável” que, num país desenvolvido, existam medicamentos falsificados ou de origem desconhecida a circular no mercado.