Implante futurista
O autor deste projecto é André Santiago, português actualmente a residir em Luanda e cuja tese de mestrado alcançou o segundo lugar no concurso internacional Future Ideas, na categoria de cuidados de saúde.
Na prática trata-se de um aparelho que usa a tecnologia de radiofrequência, que comunica com um receptor que armazena, por exemplo, o historial de um portador de pacemaker.
Este projecto foi desenvolvido em parceria com o Instituto Superior Técnico, o Instituto de Telecomunicações e a Universidade de Atenas.
André Santiago concebeu outra antena, esta para utilização exterior ao corpo humano. Usando a mesma tecnologia sem fios, torna possível a gestão integrada de uma unidade tão complexa como, por exemplo, um hospital.
“Podemos não só identificar os pacientes como também os aparelhos médicos e também medicamentos e tudo o que for necessário. Podemos ter toda a gestão do hospital automatizada e depois ser gerida através de uma base de dados”, explica.
Sobre a relação do custo/benefício da utilização destas tecnologias, vários estudos apontam para os riscos da exposição humana às redes sem fios, quanto mais a implantação de aparelhos que usam essa tecnologia no próprio corpo humano.
André Santiago garante esta antena é segura. “Não existe nenhum problema em utilizar no interior do corpo humano. Hoje em dia já é utilizada, é uma gama de frequências diferentes do wi-fi e dos telemóveis”, sublinha.
Ainda há todo um estudo a seguir e dentro de quanto tempo é que esta tecnologia pode estar ao dispor dos hospitais?
André Santiago diz que é difícil de prever, mas acredita que não será “num futuro tão longínquo quanto isso. Talvez nos próximos 5 anos”.
Este projecto de André Santiago, investigador português do Instituto Superior Técnico, foi segundo entre mais de 400 projectos no concurso Future Ideas. Em 2013, já tinha alcançado o primeiro lugar no Fraunhoffer Challenge Portugal com a melhor tese de mestrado, a que se somou um prémio de 2.000 euros em dinheiro.