Gel mostrou taxa de eficácia de 84% em animais
Embora os testes estejam em numa fase ainda inicial, os investigadores esperam que o gel possa tornar-se uma opção mais prática e eficaz do que os cremes já disponíveis no mercado, aplicados antes da relação sexual.
O gel foi desenvolvido por cientistas dos chamados Centros para Prevenção e Controlo de Doenças e contém o fármaco raltegravir, que reduz a quantidade de HIV na corrente sanguínea. O raltegravir é produzido pelo laboratório Merck.
“O que nós fizemos neste estudo foi identificar uma droga anti-HIV que bloqueia a integração do vírus no ADN”, explicou Walid Heneine, co-autor do trabalho.
“Esse é um pré-requisito para a infecção por HIV, e esse passo leva pelo menos seis horas após a infecção. Então, existe uma grande janela para uma actuação do fármaco depois do sexo”, frisou.
O gel foi testado na região vaginal de seis macacos do sexo feminino e foi aplicado até três horas depois da exposição a um vírus de imunodeficiência similar, encontrado em primatas e semelhante ao HIV que afecta seres humanos.
O estudo mostrou que o gel preveniu que o vírus afectasse cinco das seis macacas, para uma taxa de 84% de eficácia, segundo um relatório da revista Science Translational Medicine.