Estenose aórtica afecta mais de 30 mil portugueses
O Grupo de Válvulas Aórticas Percutâneas da APIC - Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular da Sociedade Portuguesa de Cardiologia – vai realizar a sua terceira reunião, no dia 21 de Fevereiro, no Hotel Fontana, em Lisboa, entre as 9h e as 19. A iniciativa vai contar com a presença de mais de uma centena de especialistas em medicina interna, cardiologia e cirurgia.
De acordo com Rui Campante Teles, cardiologista de intervenção e presidente da comissão organizadora, “o objectivo desta reunião é promover um fórum de discussão que permita analisar o trabalho que tem sido desenvolvido ao longo dos anos em Portugal no que respeita ao tratamento da estenose aórtica e os desafios futuros para melhorar o tratamento da doença valvular”.
O especialista acrescenta ainda, “nos últimos anos, o aumento de esperança de vida fez aumentar o número de casos de estenose aórtica em Portugal, sendo que a alternativa terapêutica que permite a reparação minimamente invasiva da válvula aórtica doentes com um risco muito elevado para a cirurgia de coração aberto – conhecida como implante da válvula aórtica por cateterismo – continua a ser muito pouco utilizada em Portugal comparativamente com todos os países da Europa”.
A estenose aórtica é uma doença valvular muito frequente nos países desenvolvidos, sendo sobretudo uma doença degenerativa associada ao envelhecimento. A estenose aórtica caracteriza-se pelo aperto da válvula aórtica, causado sobretudo pela fibrose e acumulação de cálcio que impedem a passagem do sangue, provocando cansaço, dor no peito e desmaios.
A doença afecta 32 mil Portugueses, atingindo um em cada 15 portugueses com mais de 80 anos. Trata-se de um aperto na válvula aórtica, cuja função é evitar que o sangue bombeado pelo coração volte para trás. Quando existe este estrangulamento, o sangue passa com dificuldade, provocando queixas e diminuindo drasticamente a sobrevivência, pelo que tratamento passa por implantar uma válvula nova.