Estão a aumentar as mortes e internamentos por doenças respiratórias
As mortes e os internamentos devido a doenças respiratórias estão a aumentar de modo significativo em Portugal e o país não está a conter a tendência, refere o Observatório Nacional das Doenças Respiratórias.
“A mortalidade ronda os 16% e os internamentos por volta dos 8%”, refere à Renascença o presidente do Observatório, Teles de Araújo.
Pneumonias, cancros do pulmão e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica são, por esta ordem, as doenças do foro respiratório que levam mais portugueses ao hospital e à morte. E os números aumentam em ambos os casos.
O envelhecimento da população associado a dificuldades económicas podem ser factores determinantes para este quadro. “Veremos para o ano o que acontece e se isto é mantido”, afirma Teles de Araújo.
A idade é um factor importante, mas não justifica tudo. A pneumonia é o exemplo de uma doença que afecta, sobretudo, os mais velhos, “mas temos o dobro da mortalidade por pneumonias do que a média da União Europeia”. O presidente do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias considera, por isso, que há mais factores a apurar. Pela positiva, Teles de Araújo destaca a estabilização do número de mortes por cancro do pulmão e o aumento dos internamentos pelo mesmo motivo – sinal de que a prevenção está a resultar, por um lado, e de que é possível tratar melhor estes doentes, por outro. O relatório sobre doenças respiratórias é divulgado hoje [28 de Janeiro].