Esperança de vida aumentou nos países menos desenvolvidos
Segundo o relatório, a Libéria foi o país que registou o maior aumento desde o início da década de 1990 (20 anos, dos 42 para 62 anos em 2012), seguida da Etiópia (de 45 para 64 anos), Maldivas (dos 58 para os 77 anos) e Camboja (de 54 para 72 anos).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca ainda Timor-Leste, onde a esperança média de vida subiu dos 50 para os 66 anos, e ainda o Ruanda, dos 48 para os 65 anos.
De uma forma geral, a esperança média de vida aumentou seis anos em todo o Mundo: uma rapariga nascida em 2012 pode viver até aos 73 anos e um rapaz até aos 68.
O Japão é o país onde as mulheres têm a maior esperança de vida à nascença (87 anos), seguindo-se Espanha, Suíça e Singapura (85,1), Itália (85), França (84,9), Austrália e Coreia do sul (84,6), Luxemburgo (84,1) e, por fim, Portugal (84).
Quanto aos homens nascidos em 2012, os islandeses são os que vivem mais (81,2 anos), surgindo a Suíça em segundo lugar (80,7 anos) e depois a Austrália (80,5 anos). Em Israel, Singapura, Nova Zelândia e Itália, os rapazes podem esperar viver até aos 80,2 anos, enquanto no Japão e na Suécia a esperança é de 80 anos. Por fim, o Luxemburgo tinha, em 2012, uma esperança média de vida para os homens de 79,7 anos.
“Uma razão importante que justifica que a esperança de vida global tenha aumentado tanto é que estão a morrer menos crianças antes do seu quinto aniversário”, afirmou a directora-geral da OMS, Margaret Chan, na apresentação do relatório.
No entanto, a organização alertou que ainda prevalece uma grande divisão entre países pobres e ricos: “As pessoas de países com rendimentos elevados continuam a ter muito mais probabilidades de ter uma vida longa do que as pessoas em países com baixos rendimentos”, explicou.
Um rapaz nascido em 2012 num país desenvolvido pode esperar viver até aos 76 anos, mais 16 anos do que um rapaz que nasça num país menos desenvolvido. Quanto às mulheres, a diferença ainda é maior – de 19 anos, entre os 82 anos de vida estimados nos países mais ricos contra os 63 anos nos países pobres.
De um modo global, as mulheres vivem mais do que os homens: nos países desenvolvidos, a diferença é de seis anos, enquanto nos menos desenvolvidos é de três anos.
“Nos países desenvolvidos, muito do ganho na esperança de vida deve-se ao sucesso em lidar com doenças não transmissíveis”, afirmou Ties Boerma, director do departamento de estatísticas de saúde e de sistemas de informação da OMS, que acrescentou que “há menos homens e mulheres a morrer antes dos 60 anos devido a doenças cardíacas ou acidente vascular-cerebral (AVC)”.
Por um lado, os países mais desenvolvidos conseguem “monitorizar e controlar a tensão arterial elevada” e, por outro, a redução do consumo de tabaco também permite às pessoas viverem até mais tarde em muitos países.