Especialistas dedicam o dia à ‘doença dos pezinhos’
O Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Associação Viver a Ciência promovem esta quinta-feira um dia dedicado à Paramiloidose para esclarecer e sensibilizar a comunidade para a doença.
Conhecida como “doença dos pezinhos”, a Paramiloidose é uma doença genética rara de grande incidência em Portugal que se manifesta na idade adulta, normalmente por volta dos 30 anos.
A iniciativa tem como ponto central a tripla projecção de “A história de um erro”, documentário realizado por Joana Barros, da Associação Viver a Ciência, e estreado em Julho de 2013 no Festival Curtas Vila do Conde.
Nele se conta a história desde a descoberta da doença por Corino de Andrade até aos dias de hoje, com referência à investigação que ainda decorre, com base em depoimentos de alguns investigadores do Instituto de Biologia Molecular e Celular, como Jorge Sequeiros e Maria João Saraiva.
Além disso, o evento conta com debates e sessões de esclarecimento, a decorrer no auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto.
As sessões são abertas ao público e vão decorrer entre as 10h30 e as 19h30. Os interessados devem inscrever-se no site do Instituto de Biologia Molecular e Celular. A inscrição é gratuita.
A Paramiloidose ou “doença dos pezinhos” chama-se assim porque começa por causar a atrofia dos membros inferiores. É uma doença quase sempre fatal, com tratamento, mas sem cura.
A paramiloidose foi descrita em 1952 pelo neurologista do Hospital de Santo António do Porto Mário Corino de Andrade, que observara um padrão de formigueiro e adormecimento das pernas em doentes da Póvoa do Varzim.