Dor neuropática é consequência frequente do tratamento do cancro da mama
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Os resultados preliminares de um estudo prospectivo sobre as complicações neurológicas do cancro da mama, realizado no Instituto Português de Oncologia do Porto, apontam para que 31,5% das doentes operadas ao cancro da mama sofrem de dor neuropática.
"Este estudo vem demonstrar que a dor neuropática parece ser uma consequência frequente do tratamento do cancro da mama. Os determinantes desta dor estão a ser avaliados”, refere Susana Pereira, neurologista do IPO Porto, responsável pelo estudo.
A investigação, que conta com o financiamento da Cátedra de Medicina da Dor, teve início em Janeiro de 2012 e as últimas avaliações estão previstas para 2014.
"Pretendemos este ano continuar a apoiar a excelente investigação no domínio da dor que já se realiza no nosso país”, comenta José Castro Lopes, investigador responsável pela Cátedra e professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP).
No âmbito da investigação clínica, a Cátedra está também a desenvolver um estudo observacional sobre a etiologia e características da dor em doentes tratados nas Unidades de Dor Crónica do Grande Porto, sob a responsabilidade de Luis Azevedo, da FMUP.