Sexualidade

Disfunção eréctil é sinal de risco cardiovascular

Estudos recentes estabelecem uma relação directa entre problema sexual e doenças cardiovasculares.

13% dos homens portugueses sofrem de disfunção eréctil, ou seja, a incapacidade persistente de conseguir ou manter uma erecção do pénis que permita uma actividade sexual satisfatória. Graças aos avanços da medicina, hoje é possível afirmar, com algum grau de certeza, que existe uma relação entre a disfunção eréctil e as doenças cardiovasculares, escreve o Correio da Manhã Online.

“Estudos recentes vieram colocar a hipótese destas doenças terem uma génese comum, a disfunção endotelial, que consiste numa alteração da função da camada mais interna dos vasos sanguíneos”, explica Fábio Almeida, urologista da Imagem Médica da Lapa, no Porto. Ora, “como o pénis é essencialmente constituído por vasos sanguíneos e músculo liso, qualquer alteração no funcionamento dos vasos sanguíneos vai igualmente prejudicar a sua função sexual”, acrescenta.

Assim, a incapacidade de conseguir uma erecção pode ser um sinal de alarme. “Um dos primeiros sinais de uma doença cardiovascular (cardíaca ou neurológica) pode ser mesmo a disfunção eréctil. Nos doentes com doença cardiovascular ‘oculta', a disfunção eréctil pode preceder um enfarte agudo do miocárdio ou um acidente vascular cerebral entre dois a cinco anos. Pode ser considerado um sinal de alerta para uma avaliação global e preventiva do aparelho cardiovascular”, sublinha o especialista.

Embora os conhecimentos sobre esta doença sejam cada vez mais amplos, a vergonha e o preconceito ainda têm um peso determinante na hora de procurar ajuda especializada, levando a que muitos homens sofram no silêncio da sua intimidade.

“Muitas vezes, a disfunção eréctil é esquecida em doentes com doenças cardiovasculares e eles não vêem qualquer progresso no regresso a uma vida sexual saudável. O tema deve ser abordado em todas as consultas da especialidade, porque muitos doentes não falam deste problema”, alertou Fábio Almeida.

 

Fonte: 
Correio da Manhã Online
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
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