Conteúdo do sal dos alimentos vai estar na rotulagem
Um comunicado do director-geral da Saúde, Francisco George, refere que a estratégia portuguesa “tem em atenção as boas práticas recolhidas através da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de grupos de trabalho constituídos para o efeito na Direcção-Geral da Saúde (DGS)”.
Portugal elegeu cinco objectivos que passam pela promoção da sensibilização e o aumento do conhecimento dos consumidores sobre os riscos que o sal representa para a saúde, em particular na génese da hipertensão arterial.
“Melhorar a rotulagem no sentido de destacar o conteúdo de sal dos alimentos e identificar produtos com pouco sal” é outra das metas traçadas por este organismo do Ministério da Saúde.
A estratégia passa ainda por “modificar a disponibilidade de produtos alimentares com menor conteúdo de sal, fomentando a participação da indústria e demais intervenientes”.
A DGS pretende ainda “monitorizar e avaliar o envolvimento da indústria na reformulação da oferta de produtos alimentares e também do conhecimento, atitudes e comportamento dos cidadãos consumidores”.
O comunicado assinado por Francisco George dá conta da intenção da DGS de “implementar um sistema de avaliação da ingestão de sal a nível populacional e monitorizar a oferta de sal nos grupos de alimentos”.
A revista British Medical Journal revelou que uma queda de 15% no consumo de sal entre 2003 e 2011 ajudou a diminuir consideravelmente os casos de mortes por ataques cardíacos e derrames cerebrais em Inglaterra. Segundo um estudo de especialistas britânicos, o menor uso de sal foi determinante na queda de 42% de mortes por derrames cerebrais e de 40% no caso dos ataques cardíacos. Os investigadores, entre os quais grupos que lutam contra o consumo de sal e médicos de hospitais londrinos, sublinharam a importância de a diminuição de sal ajudar também a reduzir os casos de hipertensão.