Concluída favoravelmente a avaliação prévia do YERVOY® (ipilimumab)

- A terapêutica inovadora da Imuno-Oncologia, Ipilimumab, é a primeira e única aprovada que demonstra, no ensaio de Fase III, aleatorizado, prolongar a sobrevivência a longo prazo em alguns dos doentes com tratamento prévio para o melanoma avançado
- O ipilimumab, uma imunoterapia inovadora, é o primeiro e único tratamento aprovado que demonstrou sobrevivência a longo prazo em doentes previamente tratados para o melanoma avançado num ensaio de fase III aleatorizado
- Em Portugal os doentes com melanoma avançado (irressecável ou metastático) previamente tratados podem agora ter acesso a um dos avanços no tratamento desta doença mais significativos nos últimos 30 anos
- O ipilimumab ilustra o enfoque da Bristol-Myers Squibb na Imuno-Oncologia, um novo paradigma no tratamento do cancro que modula directamente o sistema imunitário em diversos tipos de cancro
A Bristol-Myers Squibb (BMS) anuncia que o INFARMED, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, autorizou, para utilização em meio hospitalar no tratamento do Melanoma Avançado em doentes adultos previamente tratados, o medicamento YERVOY® (ipilimumab), uma imunoterapia inovadora que vem preencher uma lacuna existente nesta área terapêutica . Esta decisão é saudada pela Bristol-Myers Squibb e médicos envolvidos no tratamento e na assistência de doentes que lidam com esta doença devastadora, onde a esperança média de vida através da quimioterapia convencional é de apenas seis a nove meses.·[i]
A decisão tomada pelo Infarmed simboliza um importante marco no tratamento do melanoma avançado. Os resultados que temos vindo a alcançar para o tratamento do melanoma avançado através de tratamentos standard como a quimioterapia e a radioterapia têm sido extremamente fracos. O Ipilimumab, que potencia a resposta do sistema imunitário para procurar e destruir as células do melanoma, é a primeira e única terapia a demonstrar a sobrevivência a longo prazo, em alguns doentes.
Aprovado na Europa em Julho de 2011, o ipilimumab representa um dos avanços mais significativos no tratamento de melanoma avançado nos últimos 30 anos. [ii] É o primeiro e único tratamento aprovado que demonstra o benefício de prolongar a vida dos doentes previamente tratados para o melanoma avançado, num ensaio de fase III aleatorizado. [iii] As taxas de sobrevivência estimadas nos ensaios para um e dois anos de tratamento com Ipilimumab foram de 46% e 24% respectivamente, o que representa quase o dobro do controle, com alguns doentes vivos após 3, 4 anos de tratamento.iv No estudo, a mediana da sobrevivência global foi de 10 meses (IC 95%: 8,0 - 13,8) para o YERVOY e de 6 meses (IC 95%: 5,5 - 8,7) para o braço de controlo gp100. No Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica, em Outubro de 2012, para além da apresentação do crescente número de dados de sobrevivência a longo prazo para o Ipilimumab no tratamento de melanoma metastático, também foram apresentados os resultados de cinco anos de acompanhamento de três estudos de fase 2. [iv]
Os tipos de acontecimentos adversos atribuídos ao YERVOY relacionam-se geralmente com o seu mecanismo de acção (imunitário). YERVOY pode resultar em reacções adversas graves e fatais relacionadas com o mecanismo de acção imunitário devido à activação e proliferação de células-T. Os acontecimentos adversos associados ao YERVOY são geridos utilizando as normas orientadoras específicas, que incluem a administração de corticosteróides sistémicos, interrupção/descontinuação da dose e/ou outros agentes imussupressores. Orientações de tratamento descritas no resumo de características do medicamento (RCM), que incluem a interrupção/descontinuação (novo RCM prevê atraso de dose para gestão das reacções adversas imunitárias), administração de corticosteróides sistémicos, e/ou outros imunossupressores.
O Ipilimumab representa um passo de mudança genuíno no tratamento do melanoma avançado. A possibilidade de acesso a um novo medicamento que tem o potencial de prolongar a vida é um passo encorajador para estes doentes e para os familiares de quem sofre desta devastadora doença. A aprovação do Ipilimumab é uma óptima notícia para os doentes, para as suas famílias e para os médicos que tratam estes doentes em Portugal.
A aprovação pelo Infarmed para a utilização do Ipilimumab em meio hospitalar no tratamento de melanoma avançado em doentes adultos previamente tratados segue-se ao acesso ao tratamento com o ipilimumab num número crescente de países Europeus, incluindo Áustria, Bélgica, Dinamarca, Inglaterra, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Escócia, Espanha, Suécia, Suíça e País de Gales.
Historicamente, a cirurgia, a radiação e a terapia dirigida por citotóxicos têm sido o pilar do tratamento na maioria dos cancros avançados [v]. Contudo, a sobrevivência a 5 anos, continua baixa para muitos doentes com tumores sólidos avançados [vi]. A Imuno-Oncologia, que utiliza a capacidade natural do sistema imunitário do doente para combater o cancro [vii], tem sido reconhecida como uma nova modalidade terapêutica, com potencial de prolongar a sobrevivência a longo prazo.
A Imuno-Oncologia, uma abordagem inovadora com evolução rápida no tratamento do cancro, que se foca em agentes que trabalham directamente com o sistema imunitário do corpo para combater as células do tumor, tornou-se uma área prioritária de pesquisa e desenvolvimento da BMS. A companhia está comprometida em conseguir avanços neste importante campo de investigação, com o objectivo último de melhorar os outcomes dos doentes e a sobrevida a longo prazo de entre uma extensa variedade de cancros. O ipilimumab representa o primeiro composto aprovado do nosso robusto pipeline na área da Imuno-Oncologia.
Sobre o Melanoma Metastático
O melanoma é um tipo de cancro da pele caracterizado pelo crescimento descontrolado das células produtoras de pigmentos (melanócitos) localizadas na pele [viii]. O melanoma avançado é a forma mais mortal e ocorre quando o cancro se dissemina para além da superfície da pele, invadindo outros órgãos, nomeadamente os gânglios linfáticos, pulmões, cérebro ou outras partes do corpo [ix]. Algumas células cancerígenas conseguem evitar a vigilância do sistema imunitário, o que permite a sobrevivência do tumor [x].
O melanoma tem maior probabilidade de cura quando tratado nos estadios iniciais [xi]. No entanto, no melanoma avançado, a taxa média de sobrevivência é de apenas 6 meses, com taxas de mortalidade a um ano de 75%, tornando-o numa das formas mais agressivas de cancro. Ao contrário da maioria dos outros tumores sólidos, o melanoma afecta os mais jovens e pessoas de meia-idade. A mediana da idade de diagnóstico do melanoma é de 57 anos e a mediana da idade da morte é aos 67 anos [xii]. Todos os anos, surgem 1000 novos casos de melanoma em Portugal.
Sobre o Yervoy (Ipilimumab)
O ipilimumab é um anticorpo monoclonal humano recombinante, que bloqueia a actividade do antigénio-4 associado aos linfócitos T citotóxicos (CTLA-4). O CTLA-4 desempenha um papel crucial na regulação da resposta imunitária natural, através do envio de sinais inibitórios às células T. O ipilimumab liga-se ao CTLA-4 e bloqueia a sua interacção com os seus ligandos CD80/CD86. O bloqueio da actividade do CTLA-4 aumenta a activação e proliferação das células T. O mecanismo de acção de YERVOY nos doentes com melanoma é indirecto, possivelmente através das respostas imunitárias anti-tumoral mediadas pelas células T.
O ipilimumab é a primeira imunoterapia indicada no tratamento do cancro a ser aprovada pela FDA. Nos doentes com melanoma, o mecanismo de acção do ipilimumab é indirecto, através de uma resposta imunitária anti-tumoral mediada pelas células [iv].
A 25 de Março de 2011, a Autoridade Americana do Medicamento (FDA) aprovou o ipilimumab para o tratamento de doentes com melanoma avançado irressecável ou metastático.
Em Julho de 2011, a EMA, Agência Europeia de Medicamentos, aprovou o ipilimumab para o tratamento de doentes adultos com melanoma avançado irressecável ou metastático previamente tratados.
Em Novembro de 2013, a Comissão Europeia aprovou YERVOY® (ipilimumab) para uso em primeira linha de tratamento em doentes adultos com melanoma avançado (irresecável e metastático).
O perfil de segurança do ipilimumab é considerado estar relacionado com o seu mecanismo de acção enquanto imunoterapia. No ensaio clínico piloto de Fase 3, em doentes adultos previamente tratados, os acontecimentos adversos relacionados com o fármaco foram maioritariamente acontecimentos adversos imunitários (irAEs), que ocorreram em aproximadamente 60% dos doentes tratados com ipilimumabiv. Os acontecimentos adversos imunitários descritos até à data incluem gastrointestinais, cutâneos, hepáticos, endocrinológico e sistema nervoso [xiii]. Os acontecimentos adversos mais frequentemente notificados (>=10% dos doentes) incluíram diarreia, erupção cutânea, prurido, fadiga, náuseas, vómitos, diminuição do apetite e dores abdominais iv. A maioria dos acontecimentos foram ligeiros a moderados. O diagnóstico precoce e uma gestão apropriada dos acontecimentos adversos usando normas orientadoras estabelecidas específicas do produto (referidas no RCM) são essenciais para minimizar as complicações xiv.
Sobre a Bristol-Myers Squibb
A Bristol-Myers Squibb é uma empresa Biofarmacêutica global cuja missão consiste em descobrir, desenvolver e disponibilizar medicamentos inovadores que ajudem os doentes a vencer doenças graves.
[i] Korn E et al. Meta-analysis of phase 2 cooperative group trials in metastatic stage IV melanoma to determine progression-free and overall survival benchmarks for future phase 2 trials. J Clin Oncol 2008;26:527-534.
[ii] Eggermont A and Robert C. New drugs in melanoma: it’s a whole new world. European J Cancer 2011; 47:2150-57.
[iii] Hodi FS et al. Improved survival with ipilimumab in patients with metastatic melanoma. N Engl J Med 2010; 363:711-23.
[iv] Lebbe C, Weber JS, Maio M, et al. Five-year survival rates for patients (pts) with metastatic melanoma (mm) treated with ipilimumab (ipi) in phase II trials. Presented at: 37th European Society of Medical Oncology 2012 Congress; September 28–October 2, 2012; Vienna, Austria. Abstract 1116. Available at: http://abstracts.webges.com/viewing/view.php?congress=esmo2012&congress_id=370&publication_id=607 Last accessed May 2013
[v] DeVita VT, Rosenberg SA. N Engl J Med. 2012:366:2207-2214.
[vi] Surveillance, Epidemiology and End Results (SEER) Program. Available at: http://seer.cancer.gov Last accessed May 2013
[vii] Borghaei H, Smith MR, Campbell KS. Eur J Pharmacol 2009;625:41-54.
[viii] Skin Cancer Foundation. What is melanoma? Available at http://www.skincancer.org/Melanoma. Last accessed May 2013
[ix] SkinCancerNet. Melanoma: How it returns, where it spreads. Available at: http://www.skincarephysicians.com/skincancernet/melanoma_returns.html. Last accessed May 2013
[x] Ryungsa K, Manabu E and Kazuaki T, Cancer immunoediting from immune surveillance to immune escape, Immunology 2007 May; 121(1): 1–14
[xi] American Cancer Society. Melanoma skin cancer. Can melanoma be found early? Available at: http://www.cancer.org/cancer/skincancer-melanoma/detailedguide/melanoma-skin-cancer-detection. Last accessed May 2013.
[xii] Markovic SN et al. Malignant melanoma in the 21st century, part 1: epidemiology, risk factors, screening, prevention, and diagnosis. Mayo Clin Proc. 2007;82:364-380.
[xiii]http://www.ema.europa.eu/ema/index.jsp?curl=pages/medicines/human/medicines/002213/human_med_001465.jsp&mid=WC0b01ac058001d124 Last accessed: May 2013
A- Robert C, Thomas L, Bondarenko I et al. Ipilimumab plus dacarbazine for previously untreated metastatic melanoma. N Engl J Med. 2011 30;364(26):2517-26.
B-Patt D. et al, Eur J Canc Suppl 2013; 49 (suppl 2): abstract 3751
C- Margolin K et al, Eur J cancer, 2013; 49 (supp): abstract 3742