Projecções do Registo Oncológico Regional

Cancros da pele, sangue e mama vão alastrar em 2020

Em 2020, 35.200 portugueses deverão receber o diagnóstico de um tumor maligno, do tipo dos dez mais comuns.

Os cálculos deixam outros alertas. Embora se calcule que sejam as neoplasias da mama, cólon e pulmão a somar mais novos doentes (número de casos), deverão ser outros os cancros cuja evolução (incidência por 100 mil habitantes), para pior, será mais acentuada. A forma mais grave de neoplasia da pele (melanoma), o tumor maligno do sangue (linfoma), e o próprio cancro da mama deverão ter a maior variação percentual. O risco de melanoma crescerá 22%, de linfoma 17% e da mama 15%. Vão ser mais 3026 doentes do que no próximo ano e mais 5663 dos que em 2008, mostram as projecções do Registo Oncológico Regional (ROR) do Norte, do Centro e do Sul (inclui a Madeira), divulgadas esta semana por ocasião dos 25 anos da unidade no Sul.

A antevisão não surpreende o director do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas. “O aumento de novos casos de cancro é inevitável pelo envelhecimento da população, mas os comportamentos de risco podem ser modificados, sendo esta a principal arma no combate”, salienta Nuno Miranda.

“Vamos ter muito mais tumores para diagnosticar e para tratar”, resume a coordenadora do ROR do Sul. Ana Miranda salienta, ainda assim, que mais importante é saber o número de doentes e de sobreviventes. “É essencial para planear os cuidados para as necessidades crescentes, porque, mesmo com a diminuição da população, o cancro continuará a aumentar com o envelhecimento”.

Fonte: 
Expresso.sapo.pt
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Foto: 
ShutterStock