Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo alerta

Cancro da pele está a aumentar

Especialistas alertam para se evitar a exposição prolongada ao sol sem protecção e avisam que solários são um risco para desenvolver cancro da pele.

A incidência do cancro da pele tem vindo a aumentar em Portugal e estima-se que este ano surjam 11 mil novos casos, dos quais um milhar serão melanomas.

Este tipo de cancro é o mais grave, sendo responsável por 80% das mortes por cancro cutâneo, alerta a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC). Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), morrem todos os meses 22 pessoas devido a melanoma avançado.

O dermatologista Osvaldo Correia, secretário-geral da APCC, afirma que os factores de risco de cancro da pele são a exposição prolongada ao sol sem protecção, como a prática de actividades desportivas ao ar livre.

“As corridas estão muito na moda e é saudável a prática de exercício físico, mas correr sem protecção do sol, sem o uso de chapéu e mangas compridas e um creme protector solar na cara, orelha, zona do decote e mãos, são factores que estão a contribuir para o aumento de casos de cancro da pele em todo o Mundo e também em Portugal”, sublinha Osvaldo Correia. Além dos desportistas, as pessoas que trabalham ao ar livre, como trabalhadores da construção civil, pescadores e agricultores, estão igualmente expostos ao risco de desenvolverem um cancro de pele.

O dermatologista alerta ainda para um outro potencial factor de risco de cancro de pele: os solários, que proporcionam bronzeamento do corpo. “Vários trabalhos científicos publicados demonstram que o risco de cancro da pele provocado pelo uso do solário é real e a doença ocorre tanto mais precocemente quanto mais sessões a pessoa fizer”, alerta o médico. No entanto, Osvaldo Correia salienta não existirem, por enquanto, dados que permitam atribuir ao bronzeamento artificial provocado pelo solário um número de casos de cancro da pele, sejam melanoma ou não.

 

Fonte: 
Correio da Manhã Online
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Foto: 
ShutterStock