Caminhada solidária recolhe apoios para portadores de esclerose múltipla alentejanos
A delegação distrital de Portalegre da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) vai promover uma caminhada solidária no dia 7 de Junho, às 9h. Parte da parada do Castelo de Elvas e termina no Jardim Municipal da cidade, com uma aula de Zumba. O objetivo é recolher apoios para os doentes da região, cujas necessidades passam, em particular, por consultas mais próximas da sua área de residência.
Sandra Carvalho, coordenadora da SPEM de Portalegre, refere que “com esta nossa Caminhada pretendemos mostrar os serviços que prestamos, a título de voluntariado, aos portadores de esclerose múltipla (EM) e familiares, nomeadamente: apoio social, consultas mensais de enfermagem, sessões de esclarecimento sobre a patologia e apoio médico. Um dos nossos principais objetivos é angariar fundos monetários para realização de terapias de grupo / apoio psicológico, pois os portadores de EM têm predisposição à depressão que se deve, geralmente ao resultado de mudanças inflamatórias no sistema nervoso, ou à reação à mudança no estilo de vida que a EM exige, podendo ser também um efeito colateral da medicação”, explica Sandra Carvalho.
Um dos problemas que mais afeta a portadora de EM alentejanos é a falta de acesso a consultas. Segundo um estudo realizado em Abril pela SPEM, 65% dos doentes com esclerose múltipla (EM) referem já ter tido problemas de acesso no âmbito da patologia, sendo os mais frequentes os problemas de acesso a apoios sociais. Além dos problemas de acesso a apoios sociais, os inquiridos referiram ainda sentir-se afetados por problemas de acessibilidade física (28,7%), problemas de acesso a consultas médicas (22,7%) e problemas para levantar a medicação (22,5%).
Estes problemas de acesso fazem sentir-se de forma diferente nas várias regiões de Portugal e é no Sul e ilhas que os problemas de acesso a consultas médicas mais fazem sentir-se (27,3%). Sandra Carvalho confirma esta conclusão do estudo e realça que “todos os outros distritos têm neurologistas, é de lamentar, que todo o Alto Alentejo (Évora e Portalegre) tenha apenas um que vai uma vez por semana dar consulta ao hospital. Atende todo o tipo de patologias que pertencem à sua especialidade, sendo assim impossível ter capacidade de resposta para todas as necessidades que se lhe apresentam”.
A SPEM Portalegre deixa um apelo à participação nesta caminhada solidária cujo kit de participação tem o valor de 2 euros e dá direito a uma mochila, t-shirt, garrafa de água e uma barra energética.
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