Prémio Ernesto Roma – Cuidados Saúde Primários 2013

APDP atribui prémio de investigação

A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal atribuiu na passada terça-feira o Prémio Ernesto Roma – Cuidados Saúde Primários 2013 por ocasião do seu 88.º aniversário.

Este é um dos prémios mais prestigiados na área da investigação em diabetes que, com o nome do fundador da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), se destina a incentivar a investigação, em todos os campos da diabetologia. Este ano o prémio fica na USF Espinho (ACES Gaia/Espinho), em nome da Dra. Carla Sofia Mota, da Dra. Helena Beça e da Dra. Soraia Alexandra Santos.

São grandes os esforços científicos e financeiros que anualmente se investem ao nível mundial na investigação da Diabetes, na procura de respostas que permitam conhecer melhor a realidade que envolve esta doença, a(s) suas causa(s), manifestações e complicações, bem como novas formas de tratamento, que contribuam para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com diabetes. Também aqui a APDP tem dado o seu contributo, graças à forte experiência que tem nesta área.

Em 1983, a APDP alargou a sua contribuição na área da investigação em diabetes instituindo um prémio, com o nome do seu fundador, o “Prémio Ernesto Roma”, destinado a incentivar a investigação em todos os campos da diabetologia. “Sabemos que ao desenvolver e dinamizar este Prémio estamos a contribuir para a divulgação e promoção da investigação que se faz sobre a diabetes em Portugal, incentivando a procura de melhorias ao nível da qualidade nos cuidados às pessoas com diabetes e colaborando para o grande objectivo da procura da cura da doença”, defende o presidente da APDP, Dr. Luis Gardete Correia.

Ao contrário de muitos trabalhos de investigação na área da Saúde, “Diabetes mellitus tipo 2: qualidade de vida e fatores associados” vai ser publicado. “Um dos aspectos em que muitas vezes sentimos lacuna é o facto de os trabalhos de investigação em saúde não chegarem ao público, ou seja, não serem divulgados em publicações periódicas. O trabalho premiado será publicado na revista Diabetes – Viver em Equilíbrio, o que constitui aqui também, além do valor da investigação em causa em termos de riqueza no tratamento da diabetes, uma grande mais-valia”, aponta o director clínico da associação, Prof. João Filipe Raposo.

A diabetes está associada a uma morbilidade e mortalidade muito elevadas, sendo a única doença crónica que continua a agravar a qualidade de vida e a diminuição de anos de vida úteis. A APDP foi fundada em 1926 exactamente para apoiar as pessoas com diabetes e combater esta pandemia. Além de actividades de carácter social, assistencial e formativo, a associação mais antiga do mundo tem desenvolvido e colaborado em projectos de investigação nos vários campos do conhecimento em diabetes: básico, epidemiológico e clínico, muitos dos quais em parcerias com Universidades e Institutos de Ciência.

Além do prémio Ernesto Roma e de uma Menção Honrosa atribuída ao Prof. Doutor Luíz Miguel Santiago, à Dra. Liliana Constantino, ao Dr. P. Botas e ao Dr. P. R. Miranda, da UCSP Eiras (ACES Baixo Mondego I) foram ainda entregues, no 88.º aniversário da APDP, medalhas às pessoas com mais de 50 anos de diabetes, uma homenagem merecida àqueles que há mais de meio século vivem com a doença.

Recorde-se que a APD conta com cerca de 150 mil inscritos que acompanha diariamente em registo de proximidade. Só no ano passado, a APDP efectuou 58.335 consultas médicas das diversas especialidades, tendo observado um total de 18.595 doentes. No campo da Diabetologia foram observadas e orientadas 14.222 pessoas com diabetes, das quais 3.424 recorreram pela primeira vez à APDP. No total foram efectuadas 27.983 consultas de diabetologia na associação.

Fonte: 
Multicom
Nota: 
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