Alzheimer

doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas (memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento, entre outras). Esta deterioração tem como consequência alterações no comportamento, na personalidade e na capacidade funcional da pessoa, dificultando a realização das suas actividades de vida diária.

Com a progressão da doença, os doentes de Alzheimer tornam-se incapazes de realizar a mais pequena tarefa, deixam de reconhecer os rostos familiares, ficam incontinentes e acabam, quase sempre, acamados. É uma doença muito relacionada com a idade, por isso afecta com maior prevalência pessoas com mais de 50 anos.

Causas

A causa exacta da doença de Alzheimer ainda não está determinada, apesar da contínua investigação nesta área.

No entanto, é aceite pela comunidade científica que se trata de uma doença geneticamente determinada, embora não seja necessariamente hereditária. Para além disso, foram identificados alguns factores de risco que podem aumentar a probabilidade de vir a sofrer da doença, como sejam:

  • Tensão arterial alta, colesterol elevado e homocisteína (proteína tóxica existente no sangue);
  • Baixos níveis de estímulo intelectual, actividade social e exercício físico;
  • Obesidade e diabetes;
  • Graves ou repetidas lesões cerebrais.

Diagnóstico

Não existe, actualmente, um exame que permita identificar, de modo inquestionável, a doença. Assim, o diagnóstico deve ser realizado pelo médico especialista (neurologista ou psiquiatra) através de um processo de exclusão de outras causas que possam ser responsáveis pelos sinais e sintomas apresentados, uma vez que, frequentemente, os sintomas da doença de Alzheimer são confundidos com sinais normais de envelhecimento.

Portanto, o diagnóstico desta doença faz-se pela exclusão de outras causas de demência, pela análise do historial do doente, por análises ao sangue, tomografia ou ressonância, ou outros exames necessários para confirmar o diagnóstico.

Sintomas

Os primeiros sinais da doença são pequenos esquecimentos, perdas de memória, normalmente aceites pelo próprio e pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, mas que ao longo do tempo se vão agravando gradualmente.

À medida que a doença evolui, os doentes apresentam problemas de linguagem com dificuldade em encontrar as palavras certas ou criar paráfrases (falar sem significado). A compreensão da linguagem também passa a ser cada vez mais difícil, os doentes tornam-se confusos e, por vezes, agressivos, apresentando alterações da personalidade, com distúrbios de conduta.

Na fase mais avançada da doença, acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos quando colocados frente a um espelho, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as actividades elementares do quotidiano, como alimentação, higiene, vestuário, etc.

Tratamento

Actualmente não existe cura para a doença de Alzheimer, no entanto, existem medicamentos que possibilitam o tratamento sintomático de grande parte das alterações cognitivas e comportamentais. Embora não possam evitar a progressiva perda neuronal, os medicamentos existentes podem ajudar a estabilizar e a minimizar alguns sintomas.

Assim, o tratamento da doença de Alzheimer incide em duas variáveis: aspectos comportamentais e tratamento farmacológico dos desequilíbrios químicos que ocorrem no cérebro.

A intervenção não-farmacológica diz respeito a um conjunto de intervenções que visam maximizar o funcionamento cognitivo e o bem-estar da pessoa, bem como ajudá-la no processo de adaptação à doença. As actividades desenvolvidas têm como fim a estimulação das capacidades da pessoa, preservando, pelo maior período de tempo possível, a sua autonomia, conforto e dignidade.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.