200 mil sofrem de fibromialgia
Dor generalizada, fadiga, alterações do sono, da memória e dificuldades de concentração são alguns dos sintomas mais frequentes dos cerca de 200 mil portugueses que sofrem de fibromialgia, uma síndrome crónica, de causas ainda desconhecidas, que afecta oito mulheres por cada homem.
“A fibromialgia é uma condição que ocorre sobretudo em mulheres, que pode começar em qualquer altura da vida, mas que habitualmente se verifica mais entre os 30 e os 50 anos de idade e que se caracteriza por dor musculo esquelética difusa, crónica, com mais de três meses de duração, e por pontos dolorosos no corpo, que podem ser determinados clinicamente”, explica Jaime Branco, director do Serviço de Reumatologia do Hospital Egas Moniz, em Lisboa.
Sem cura ou um tratamento padronizado, os doentes são frequentemente confrontados com a impossibilidade de cumprir os seus compromissos profissionais de forma exímia, o que se traduz em elevadas taxas de absentismo. Contudo, é necessário contrariar a dor e o receio pelo movimento.
“Estes doentes podem fazer pequenos períodos de baixa, sempre no sentido da recuperação para voltar ao trabalho. A reforma não melhora”, assegura o director da Faculdade de Ciências Médicas, da Universidade Nova de Lisboa, sublinhando que as funcionalidades devem ser enaltecidas em detrimento das incapacidades.