Lesões cutâneas

Urticária Crónica Espontânea: sintomas e tratamento

Atualizado: 
22/10/2019 - 11:04
A Urticária Crónica Espontânea é um tipo de urticária na qual não existe um fator desencadeante específico, e que se caracteriza pelo aparecimento súbito de lesões na pele. Com um impacto profundo na vida de quem dela padece, interferindo no seu bem-estar físico e autoestima, hoje, a dermatologista Helena Toda Brito descreve os principais sintomas e seu tratamento.
Homem com babas nas costas devidas a urticária

A urticária crónica é uma doença que afeta entre 8 a 22% da população em algum momento da vida, sendo mais frequente em mulheres entre os 20 e 40 anos de idade. É classificada como espontânea (anteriormente designada idiopática) quando não existe um fator desencadeante identificado para o seu surgimento.

Sintomas 

A urticária crónica espontânea (UCE) caracteriza-se pelo aparecimento súbito de lesões avermelhadas com relevo na pele (“babas”), que provocam prurido (comichão) ou, menos frequentemente, sensação de queimadura. As lesões podem surgir em qualquer parte do corpo, ter dimensões variáveis e confluir dando origem a lesões maiores. Cada lesão individual tem uma duração entre 1 a 24 horas, desaparecendo posteriormente sem deixar marca, enquanto novas lesões surgem noutros locais.

As lesões cutâneas podem ou não ser acompanhadas de angioedema, que consiste no edema (tumefação) das camadas mais profundas da pele, que em casos graves pode dificultar a respiração e deglutição.

Por definição, a UCE tem uma duração superior a 6 semanas (quando inferior a 6 semanas, a urticária é classificada como aguda). Na maioria dos casos, a doença desaparece espontaneamente após 1 a 5 anos.

A UCE pode afetar significativamente a qualidade de vida, não só pelo prurido (“comichão”) que provoca, mas também pela ansiedade causada pelos surtos recorrentes e imprevisíveis e a ausência de uma causa específica identificada.

Tratamento

O tratamento da UCE tem como objetivo o alívio dos sintomas, sendo os fármacos de eleição os medicamentos anti-histamínicos H1 não sedativos (que não provocam sonolência). Nos casos mais persistentes, outros grupos de medicamentos podem ser necessários (ex: ciclosporina, montelucaste, omalizumab).

O tratamento sintomático deve ser continuado até se atingir o controlo completo dos sintomas.

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Autor: 
Dra. Helena Toda Brito - Dermatologista Hospital Lusíadas Lisboa
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
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