Trombose: dos fatores de risco ao tratamento
Entender a trombose
Segundo o GESCAT, a Trombose “é uma condição na qual os coágulos de sangue se formam (em geral) nas veias profundas das pernas, virilha ou braços, causando uma Trombose Venosa Profunda (TVP)”.
Quando não é prevenida ou quando o seu diagnóstico não é feito atempadamente, esta pode progredir, “levando à rutura do coágulo, o qual pode migrar até os pulmões e causar uma Embolia Pulmonar (EP)”.
A EP é uma situação grave e que precisa de atendimento medico de emergência. “Juntos, a TVP e a EP formam o que conhecemos como Tromboembolismo Venoso (TEV). TVP + EP = TEV. Esta condição médica perigosa, frequentemente ignorada e potencialmente fatal, contribui para a morte de 1 em cada 4 pessoas em todo o mundo”, esclarece o Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT).
Sinais e sintomas
Quando um coágulo se forma nas veias da perna dá-se aquilo a que se designa de Trombose Venosa Profunda (TVP)
Entre os sinais de alerta para a TVP, o GESCAT destaca:
- Dor ou desconforto na barriga da perna ou coxa;
- Inchaço da perna, pés ou tornozelos;
- Vermelhidão local;
- Aumento da temperatura da perna;
- Sensação de pele esticada;
- Rigidez da musculatura na região onde que se formou o trombo.
Quando o coágulo formado na perna se rompe e vai até o pulmão, temos a Embolia Pulmonar (EP). Os sinais de alerta são:
- Dor no peito (que pode piorar com a inspiração);
- Falta de ar inexplicável e/ou respiração rápida;
- Frequência cardíaca acelerada;
- Vertigens/tonturas e/ou desmaios.
O Tromboembolismo Venoso (TEV), considerada uma condição médica perigosa e potencialmente fatal, resulta da combinação de Trombose Venosa Profunda (TVP) e da sua maior complicação, a Embolia Pulmonar (EP).
De acordo com o Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT), “o TEV pode ocorrer sem qualquer sinal de aviso e pode passar despercebido e não ser diagnosticado corretamente por um profissional de saúde. Os sintomas que aparecem podem estar associados à TVP ou à EP”.
Causas e Fatores de risco
Entre os principais fatores de risco para o Tromboembolismo Venoso, o GESCAT destaca:
- Hospitalização
- Cirurgia
- Cancro / Quimioterapia
- Imobilização prolongada
- Acidentes e Traumatismos
- História familiar de TEV
- Pílula anticoncecional
- Gravidez
- Obesidade
- Consumo excessivo de álcool
- Tabagismo
Trombose associada ao Cancro (TAC)
A Trombose Associada ao Cancro é uma importante causa de morbidade e mortalidade. O risco de TEV em doentes oncológicos é 4 a 6 vezes superior que na população em geral. “Este é um dado impressionante, mas que deve ser conhecido por doentes em tratamento oncológico para o cancro”, salienta o Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT). Embora nem todos os fatores sejam conhecidos, os principais determinantes do risco para a TAC incluem os tumores no cérebro, pulmões, estômago, pâncreas, linfomas, rins e ovário, entre outros.
Prevenção
Os cuidados diários para a prevenção incluem atitudes simples como evitar ficar muito tempo sentado sem se movimentar, a necessidade de praticar exercício físico regularmente, manter uma alimentação equilibrada, manter o peso, evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, principalmente se associadas ao cigarro e ao uso de anticoncecionais, em viagens longas utilizar sempre roupas e sapatos confortáveis e fazer uso de meias elásticas caso tenha algum histórico pessoal ou familiar de formação de coágulos sanguíneos. Quando surgem alguns destes sintomas, é fundamental procurar ajuda junto do médico assistente.
Diagnóstico e tratamento
O Presidente do GESCAT alerta que, ao identificar os principais sintomas da trombose, é necessário procurar imediatamente ajuda médica para confirmar o diagnóstico da trombose suspeita e começar rapidamente o tratamento da doença. “Uma vez confirmado o diagnóstico, o tratamento da trombose venosa profunda deve começar imediatamente para impedir o crescimento do coágulo sanguíneo, impedir que o coágulo avance para outras regiões do corpo e, assim, evitar uma possível embolia pulmonar. O tratamento pode contemplar anticoagulantes para impedir que os coágulos sanguíneos se desloquem para os pulmões e meias de compressão para melhorar o edema causado pela trombose”, explica em comunicado.