Sono, a saúde do Sistema Nervoso
A insónia, que se caracteriza pela dificuldade em adormecer ou manter o sono durante a noite é cada vez mais uma condição existente na sociedade. Portugal é líder, na União Europeia, no consumo de fármacos para dormir, em que cerca de 9% dos adolescentes tomam medicação para dormir e 8% tomam estimulantes.
No nosso cérebro temos ‘um relógio biológico’ numa estrutura denominada hipotálamo, que nos informa quando devemos estar acordados e quando devemos estar a dormir. Este relógio natural está alinhado com o ciclo de luz / escuridão (dia / noite) do nosso planeta e controla todos os ritmos circadianos (que se repetem a cada 24 horas) do nosso organismo.
A melatonina, hormona fundamental para o sono, é regulado no hipotálamo e a sua produção varia consoante a presença ou ausência da luz do sol. O pico de produção de melatonina ocorre no início da noite, entre as 23h e as 3h, promovendo assim o início do sono, o que significa que a hora de ir para a cama esteja estipulada entre as 22h/22h30.
Quando somos expostos à luz, há uma diminuição da produção de melatonina e entra em ação o cortisol, a hormona do stress que é produzida nas glândulas suprarrenais e a sua atividade inicia-se às 6h, aumentando os níveis de glicose e de pressão arterial.
Dada a importância do sono é vital adquirirmos uma boa prática na rotina da hora de deitar e implementá-la desde que nascemos. Torna-se imperativo evitar qualquer foco de luz no quarto, olhar para o telemóvel e/ou tablet, quando se acorda durante a noite olhar para as horas ou acender um ponto de luz. Uma ajuda fundamental para todo este processo é fazer suplementação de melatonina de acordo com indicação e prescrição médica.
Não descure a importância de dormir bem e prevenir desta forma um envelhecimento precoce.