Saúde Auditiva

Sete mitos e verdades sobre a audição que precisa de saber

Atualizado: 
12/02/2024 - 14:53
Na semana em que se assinala o Dia Mundial da Rádio (13 de fevereiro) falamos sobre saúde auditiva e esclarecemos os principais mitos que continuam a persistir sobre este tema. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 20% da população mundial vive com perda de audição e estima-se que, até 2050, este número cresça significativamente. A perda de audição é um dos problemas de saúde mais comuns, mas também é um tema pouco compreendido. Por essa razão, preparámos uma lista de sete mitos e verdades para ajudá-lo a saber mais sobre audição.

1. A perda auditiva só afeta os idosos. 

Este é um dos mitos mais comuns sobre a surdez. O nosso sistema auditivo vai-se desgastando ao longo dos anos e é natural que qualquer um de nós venha a sofrer de perda auditiva com a idade. No entanto, o facto de ser mais comum em idosos, não significa que não possa surgir noutras faixas etárias. Segundo a OMS, existem cerca de 1,5 mil milhões de pessoas que sofrem de perda auditiva, das quais 34 milhões são crianças.2 A surdez pode ser causada por infeções virais ou bacterianas, medicamentos, exposição a níveis elevados de ruído ou doenças genéticas, pelo que qualquer pessoa, em qualquer altura da vida, pode sofrer de perda de audição. 

2. Ouvir música alta pode causar perda de audição. 

É verdade. A exposição a níveis elevados de ruído, especialmente durante períodos prolongados, danifica as células sensoriais do ouvido interno e, em casos mais recorrentes, os nervos associados à audição. E uma vez danificados, estas células e nervos não se regeneram. Para preservar a saúde dos seus ouvidos é importante que não ultrapasse os 85 decibéis de nível de ruído.  

3. A mudança de altitude pode causar surdez. 

Pode acontecer, mas apenas quando a mudança de pressão é demasiado brusca, causando uma lesão que pode originar surdez (barotrauma). Se não for o caso, a mudança de altitude acaba por originar um desconforto temporário, como o que sentimos quando um avião faz a sua descolagem ou aterragem, e que podemos resolver, por exemplo, bebendo um copo de água lentamente. 

4. Utilizar aparelhos auditivos torna o ouvido “preguiçoso”. 

Mito. O ouvido não fica “preguiçoso” com a utilização do aparelho auditivo. Aliás, é o oposto, umas das principais vantagens da reabilitação auditiva precoce é repor a corretar estimulação para que este fique mais ativo. Assim, é importante procurar ajuda profissional o mais cedo possível para evitar que o seu quadro clínico se agrave e para iniciar a sua reabilitação auditiva atempadamente. 

5. Nem todas as pessoas que sofrem de perda de audição se apercebem disso. 

Sim, é verdade. Tal acontece porque a audição vai piorando de forma progressiva ao longo do tempo, sendo que muitas pessoas só se apercebem que ouvem mal quando a perda auditiva já é muito significativa. Por vezes, os primeiros a reparar que se passa algo são os familiares ou amigos próximos. 

6. Os aparelhos auditivos só estão indicados para casos graves. 

Mais um mito em que não deve acreditar. O uso de aparelhos auditivos tem o propósito de melhorar significativamente a saúde dos ouvidos e a qualidade de vida de quem tem perda de audição, independentemente da gravidade do seu quadro clínico. Seja qual for o nível de perda de audição, é importante agir rapidamente e procurar ajuda profissional. 

7. O aparelho auditivo não cura a perda de audição, mas pode compensar essa perda. 

É verdade. Os aparelhos auditivos não curam as lesões nos ouvidos, mas têm um papel chave na vida de quem os usa, pois acabam por ajudar a corrigir ou compensar a perda de audição. 

Para cuidar da saúde dos ouvidos e prevenir problemas auditivos, recomenda-se a redução de tempo de exposição, ou o uso de protetores, em locais de ruído intenso; a utilização de auriculares ou auscultadores de forma segura; a adoção de um estilo de vida saudável e a realização de exames auditivos com regularidade. 

Fonte: 
Widex - Especialistas em Audição
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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