Psoríase: desistir não é opção
Há cada vez mais ações de colaboração da medicina geral e familiar com a dermatologia. “Se o médico de família se aperceber de formas iniciais da doença, por exemplo no couro cabeludo, que é uma forma mais comum e normalmente menos grave, deve e pode tratá-la”, refere o dermatologista. O doente, ao suspeitar que tem Psoríase, deve falar com o médico de família, deve pedir ajuda, para que seja encaminhado para um especialista em dermatologia.
A Psoríase resulta de um “conjunto de manifestações, mas, vê-se de forma mais evidente na pele, através das placas com descamação”, refere Paulo Ferreira. Devido a todas as manifestações que podem ocorrer, “os doentes devem ser analisados como um todo, principalmente se tiverem outras doenças associadas”, refere o médico. Dependendo das comorbilidades que cada doente tem além da psoríase, “problemas nos rins, no fígado, a nível de obesidade, … pode não ser possível fazer-se determinado medicamento”, indica Paulo Ferreira. A terapêutica deve ser ajustada tendo em conta todos estes fatores. “Há terapêuticas para todos os casos, devem é ser escolhidas criteriosamente entre médico e doente, através de personalização das consultas com o doente”, afirma o dermatologista.
“Se um doente diz que o tratamento não funciona, devemos tranquilizar o doente, uma vez que existem estratégias terapêuticas eficientes e seguras para todas as formas de Psoríase”, afirma o médico. Se a, apesar da terapêutica, há uma evolução da doença, é necessário avaliar a compliance do doente, a sua persistência, e o regime que lhe foi aconselhado. “Menos de metade dos doentes cumpre com a prescrição conforme lhe foi recomendada, alguns porque não têm dinheiro para adquirir o medicamento, outros porque não sabem utilizá-lo” indica o dermatologista. Acima de tudo, explica, “é fundamental persistir na procura e solução” Se necessário, procurar ajuda psicológica durante o processo.
As Crianças, um caso mais difícil...
A Psoríase em idade pediátrica afeta o lado emocional das crianças e famílias e é muito arrebatadora, "podendo até significar que existe uma maior carga hereditária”, afirma Paulo Ferreira. Deve ser controlada e tratada desde o início. As crianças com a doença sentem-se mal consigo mesmas, muitas sofrem de bullying, e deixam de querer ir à escola ao serem discriminadas pelos colegas. “Impõe-se uma terapêutica aconselhada por um dermatologista com experiência na doença, e principalmente em casos pediátricos”, indica o dermatologista.
Para saber mais, assista aos episódios da série “Tens Direito a Ser Feliz: PSOCast”, da PSOPortugal aqui:
Episódio 1: https://www.youtube.com/watch?v=R6IwSvf9QqI&t=40s
Episódio 2: https://www.youtube.com/watch?v=z6cN5dptqsc
Episódio 3: https://www.youtube.com/watch?v=pUV1MIZJnlc
Episódio 4: https://www.youtube.com/watch?v=xPnROikV-B4