Pneumonia tem tratamento e pode ser prevenida
A pneumonia é uma doença infeciosa pulmonar ou seja que atinge os pulmões, e que pode afetar qualquer pessoa, desde que os mecanismos de defesa habituais do organismo estejam diminuídos ou comprometidos. A gravidade da doença está condicionada pelo facto de existirem ou não doenças crónicas associadas.
A maior parte das Pneumonia é adquirida na comunidade e pode ocorrer:
- pela inalação de partículas através da respiração,
- por aspiração de bactérias que normalmente vivem na boca, se proliferam e acabam por ser aspiradas para o pulmão.
- através da circulação sanguínea, sendo a forma menos comum, e que ocorre quando uma infeção num outro local do organismo, atinge os pulmões através da circulação.
Os sintomas principais são tosse com expectoração, podendo nalguns casos ocorrer tosse seca, calafrios, febre e dificuldade respiratória e dores no tórax. Pode surgir também mal-estar generalizado, naúseas, vómitos e prostração. Os sintomas vão depender da extensão da doença e do microrganismo que a cause.
Geralmente, a pneumonia produz uma alteração característica da transmissão dos sons que que pode ser detectada durante a observação clinica do doente, na auscultação pulmonar. O Diagnóstico é depois confirmado com uma radiografia ao tórax.
Em alguns casos podem ser realizadas análises de microbiologia, no sentido de tentar identificar o microrganismo. No entanto, em metade dos indivíduos com pneumonia não se chega a identificar o microrganismo responsável.
Nos adultos, as causas mais frequentes são as bactérias, como o Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus, Legionella e Hemophilus influenzae.
Destes, o Streptococcus pneumoniae é o principal microrganismo, sendo o responsável pelo maior número de casos e de mortalidade. Daí a importância da vacinação antipneumocócica, de modo a prevenir as complicações graves.
A vacinação está indicada para os grupos de risco, que inclui pessoas com idade superior a 65 anos, doentes imunocomprometidos e com doenças crónicas (ex: doenças cardiovasculares, pulmonares, diabetes mellitus, cirrose, etc.) ou pessoas que residam ou trabalhem em locais com um risco aumentado de infecções pneumocócicas ou das suas complicações (ex: pessoas idosas hospitalizadas, pessoas em instituições de prestação de cuidados de saúde, etc.).
O tratamento da PAC é feito com terapêutica antibiótica. A escolha do antibiótico depende de vários aspectos que são considerados, nomeadamente:
- da gravidade da doença,
- idade do doente,
- sintomas,
- presença de comorbilidades, ou seja outras doenças
- medicação concomitante,
- contexto epidemiológico,
- contactos com outros doentes ou com um tipo de ambiente específico e
- intolerância a um determinado antibiótico
Na maior parte dos casos, o tratamento é realizado sem necessidade de internamento. Pode contudo ser necessário o internamento, sobretudo em casos de doentes idosos, com febre persistente, compromisso da função renal, ou dificuldade respiratória com diminuição da oxigenação do sangue. Neste último caso é necessário o suporte com oxigénio. Casos graves podem condicionar insuficiência respiratória grave com necessidade de ventilação mecânica.