Neurocirurgião da Mayo Clinic descreve as opções mais recentes para tratar a epilepsia
“A variedade de possibilidades de tratamento é muito maior agora”, começa por dizer Van Gompel. “Nós melhorámos muito os resultados nesta área. Acho que é importante explorar as opções de tratamento porque elas podem ter um impacto bastante significativo na vida das pessoas com epilepsia.”
Segundo o especialista, algumas pessoas precisam de tratamento ao longo de toda a vida para controlar as convulsões, “enquanto para outras, as convulsões param de acontecer em algum momento. Para algumas crianças com epilepsia, a doença pode desaparecer com a idade”.
Os medicamentos para epilepsia melhoraram e continuam a ser a forma mais comum de tratamento.
A cirurgia para remover a parte do cérebro que causa as convulsões ainda é uma opção de tratamento importante para os casos em que a doença não é controlada com medicamentos. Nos últimos anos, foram desenvolvidas novas opções de tratamento para epilepsia, incluindo opções minimamente invasivas.
Os tratamentos mais recentes incluem:
Estimulação cerebral profunda. É feita por meio do uso de um dispositivo colocado permanentemente dentro do cérebro. Esse dispositivo liberta sinais elétricos programados regularmente que interrompem a atividade indutora das convulsões. Esse procedimento é orientado por ressonância magnética. O gerador que envia o sinal elétrico é implantado no tórax.
Neuroestimulação responsiva. Esses dispositivos implantáveis podem ajudar a reduzir significativamente a frequência da ocorrência das convulsões. Os dispositivos de estimulação responsiva analisam padrões de atividade cerebral para detetar convulsões logo no início e libertam uma carga elétrica ou um medicamento que interrompe a convulsão antes que ela provoque algum comprometimento. Pesquisas mostram que essa terapia tem menos efeitos colaterais e pode aliviar as convulsões a longo prazo. O dispositivo é colocado no crânio.
Terapia térmica intersticial a laser (LITT). Essa opção é menos invasiva do que a cirurgia ressetiva. A terapia usa um laser para identificar e destruir uma pequena porção de tecido cerebral. Uma ressonância magnética é usada para orientar o laser.
Cirurgia minimamente invasiva. Novas técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, como o ultrassom focalizado guiado por ressonância magnética, mostram-se promissoras para tratar convulsões, apresentando menos riscos do que a tradicional cirurgia cerebral para a epilepsia.