‘Melhoras da morte’: neurocientista explica porque os doentes melhoram pouco antes de morrer
Devido à dificuldade em se realizar exames médicos potencialmente invasivos em pacientes em estado grave para explicar melhor a situação, nenhuma das hipóteses foi comprovada cientificamente ainda, mas de acordo com neurocientista, Fabiano de Abreu Agrela, o cérebro pode exercer um importante papel nesse processo.
“Eu arrisco dizer que esse fenómeno tem relação direta com o aumento da produção de neurotransmissores no cérebro como endorfina, adrenalina e dopamina como um último recurso, e em alguns casos, com a remoção de medicamentos que causam efeitos colaterais”, afirma
A hipótese da descarga de hormonas é reforçada por especialistas, acreditando-se ser uma última tentativa de manter o corpo a funcionar mesmo em estados críticos de saúde, mas após o esgotamento dos stocks das substâncias no cérebro e a paralela deterioração irreversível dos órgãos, o efeito cessa e causa uma consequente piora e a morte do paciente. Esta é uma das possibilidades mais endossadas pela ciência para o fenómeno.