Opinião

A intervenção de um Assistente Social numa UCCI de Saúde Mental para a Infância e Adolescência

Atualizado: 
14/06/2023 - 14:35
A infância e a adolescência são uma etapa do ciclo vital em que os jovens estão mais vulneráveis e a passagem da infância para a adolescência também implica algumas alterações a nível emocional e psicológico. Todas estas mudanças, associadas a uma doença mental, desenvolvem uma carga emocional de difícil compreensão e adaptação.

A missão de um assistente social que desempenha funções numa Residência de Treino de Autonomia (internamento) e numa Unidade Socio ocupacional (ambulatório) é, essencialmente, a recuperação do jovem com doença mental. A estes, prestamos cuidados que fomentem a sua integração na sociedade, tendo em vista a sua reabilitação e inserção social. Paralelamente, capacitamos as famílias, que, na maioria das vezes, têm o papel parental comprometido e/ou se encontram num desgaste emocional sem medida.

Neste sentido, como a família é fundamental para a reabilitação das crianças e jovens, trabalhamos em simultâneo ambas as partes. Aqui, começamos por identificar as necessidades da criança/jovem, bem como as necessidades e capacidades dos pais, preparando-os, gradualmente, para receberem estas crianças/jovens no “novo” contexto familiar. Contudo, mediante as necessidades e/ou capacidades dos pais (ou a falta delas), por vezes, temos de recorrer ao encaminhamento para equipas especializadas em parentalidade.

Assim, quando uma criança/jovem tem alta da UCCI, regressa a um domicílio mais contentor, com uma “nova” relação com os pais, baseada na confiança, no respeito e segurança, associada à assertividade, que é tão importante nestas faixas etárias.

 

Autor: 
Joana Coelho – Assistente Social
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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