Integração social é essencial para quem tem uma Perturbação do Espetro do Autismo
A PEA é uma perturbação complexa com vários fatores que contribuem para o seu desenvolvimento. Estes fatores incluem a genética, fatores ambientais, e diferenças neurológicas.
Os sintomas podem variar muito de pessoa para pessoa. Contudo, alguns dos sintomas mais comuns incluem dificuldade na interação social, desafios de comunicação e comportamentos repetitivos. As crianças com PEA podem ter dificuldade em fazer contacto visual, brincar com outros, e compreender sinais não verbais, tais como expressões faciais ou gestos. Podem também ter uma gama limitada de interesses e envolverem-se em comportamentos repetitivos, tais como bater as mãos ou girar objetos.
O diagnóstico é tipicamente feito por uma equipa de especialistas, incluindo um pediatra, psicólogo, e um terapeuta da fala. O diagnóstico é baseado numa combinação de fatores, incluindo história de desenvolvimento, comportamento, e capacidades de comunicação.
Não há cura para as PEA, mas a intervenção precoce pode melhorar significativamente os resultados. As crianças com PEA podem beneficiar de uma variedade de terapias, incluindo terapia comportamental, terapia da fala e terapia ocupacional. Estas terapias podem ajudar as crianças a desenvolver capacidades sociais e de comunicação, a gerir comportamentos desafiantes e a melhorar a sua qualidade de vida global.
Para além da terapia, há muitas coisas que os pais e prestadores de cuidados podem fazer para apoiar as crianças com Perturbação do Espetro do Autismo. Estas incluem o fornecimento de uma rotina estruturada, a criação de um ambiente amigo dos sentidos, e a utilização de ajudas visuais para ajudar na comunicação.
É importante notar que as pessoas com PEA podem levar uma vida preenchida e produtiva. Muitos têm talentos e capacidades únicas que podem ser aproveitadas a seu favor. Contudo, podem enfrentar desafios em situações sociais, e é importante ser compreensivo e apoiar as suas necessidades.
Os desafios na integração social podem ser ultrapassados
A integração social é um aspeto fundamental do desenvolvimento humano, permitindo aos indivíduos estabelecer relações, formar laços e participar em atividades sociais. Contudo, os indivíduos com Perturbação do Espetro do Autismo podem enfrentar barreiras à integração social devido às suas características únicas. Alguns dos desafios incluem dificuldades na comunicação não-verbal, dificuldades na compreensão das sugestões e normas sociais, e questões de processamento sensorial.
A comunicação não-verbal inclui expressões faciais, linguagem corporal e tom de voz. Os indivíduos com PEA podem ter dificuldade em ler e interpretar sinais não-verbais, sendo difícil compreender situações sociais e responder adequadamente. Isto pode levar a mal-entendidos e isolamento social, uma vez que a pessoa com PEA pode sentir-se excluída ou mal-entendida pelos seus pares.
Outro desafio é a dificuldade em compreender os sinais e normas sociais - as regras não escritas de interação social que podem variar de uma cultura para outra. A pessoa com PEA pode ter dificuldade em compreender estes sinais e normas, acabando por não saber como se comportar em situações sociais.
As questões de processamento sensorial são também comuns entre os indivíduos com PEA, e estas questões podem fazer com que seja um desafio para eles participar em atividades sociais. As questões de processamento sensorial podem incluir hipersensibilidade ao som, toque ou luz, o que pode causar ansiedade em situações sociais. Isto pode levar ao isolamento social, uma vez que estes podem evitar situações sociais para evitar a sobrecarga sensorial.
Apesar destes desafios, a integração social é essencial para quem tem uma Perturbação do Espetro do Autismo, uma vez que pode ajudá-los a desenvolver competências sociais e a formar relações.
Referências:
https://www.cuf.pt/saude-a-z/perturbacao-do-espetro-do-autismo