Dia Internacional da Consciencialização para o Ruído

Exposição ao ruído é uma das principais causas da perda auditiva

Atualizado: 
27/04/2022 - 12:16
A 27 de abril é assinalado o Dia Internacional da Consciencialização para o Ruído. O dia pretende alertar para as consequências que o ruído pode ter na saúde auditiva a longo prazo e que a prevenção é essencial.

O ruído em excesso - ou poluição sonora - é um grave problema que afeta toda a população, em especial a que vive nas grandes cidades. Todos os dias, são várias as atividades da nossa rotina que nos expõem a níveis de poluição sonora altamente prejudiciais para a nossa saúde. Sem nos darmos conta, estamos expostos a situações em que o ruído ambiente é constante e com um elevado impacto nocivo para o nosso bem-estar.

De acordo com a Agência Europeia do Ambiente, uma pessoa em 5 na Europa está exposta a níveis de ruído nocivos, sendo tráfego rodoviário é a principal fonte de poluição sonora ambiental. Em Portugal, uma em cada 4 pessoas está exposta a altos níveis de ruído provocados pelo tráfego rodoviário durante o dia. Ainda em Portugal, 1 em cada 6 pessoas está exposta a níveis noturnos de ruído do tráfego rodoviário que excedem 50 decibéis e que provocam distúrbios do sono.

Em Portugal, num estudo realizado em 2015 pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, 1.6 milhões de indivíduos (23,7%) tinham dificuldades em ouvir. Verificou-se que os problemas de audição eram mais comuns nos mais idosos (entre os 65 e 74 anos, representados em 41,7%) e na região do Alentejo (28,6%). Apenas 2,7% dos portugueses referiram o uso de prótese auditiva e metade dos utilizadores de prótese apresentam na mesma dificuldades auditivas

Não é possível reverter totalmente a perda de audição que acontece naturalmente com o avançar da idade, mas é possível prevenir que esta agrave, em particular nos jovens. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), são 1,1 bilhão as pessoas entre 12 e 35 anos em risco de perda auditiva.3 Uma faixa etária cada vez mais impactada, devido à utilização frequente de auscultadores, leitores de música portáteis e à permanência em locais de divertimento com

elevados níveis de ruído. Estes fatores conduzem a que, cada vez com mais frequência, os jovens apresentem níveis de perda auditiva geralmente encontrada em adultos com mais de 60 anos de idade.

No entanto, este problema pode ser controlado com a consciencialização dos fatores de risco. A Minisom, uma marca Amplifon, aponta duas principais causas para a perda de audição: a exposição a ruídos altos e a exposição prolongada ao ruído e deixa algumas recomendações:

  • Evitar o ruído excessivo: em bares, discotecas ou concertos, faça pausas e saia para o exterior e evite ficar muito próximo das colunas de som.
  • Utilizar protetores auditivos sempre que estiver exposto frequentemente a fontes de ruído, como no trabalho.
  • Esteja atento a sinais que os ouvidos podem dar, como zumbidos, otites, dores ou mesmo dificuldades auditivas.
  • Ter exames de audição regulares, pelo menos anuais, e não subestimar os distúrbios da audição

As pessoas com este problema sofrem, explicando de uma forma muito simples, de uma redução significativa dos sons que conseguem percecionar. Atualmente, mais de um milhão de portugueses sofre de perda auditiva, problema que atinge de igual forma homens e mulheres, e que tem um forte impacto psicológico. De facto, quando não tratada, a perda auditiva, pode ter consequências muito negativas para a qualidade de vida dos indivíduos e dos seus relacionamentos sociais e profissionais, podendo levar a situações de isolamento, solidão e depressão. Para proteger, há que prevenir. E quanto mais cedo se deteta a perda auditiva, mais fácil será solucioná-la.

“Na Minisom temos como objetivo de normalizar os testes de audição como parte da rotina preventiva de todos – afirma Pedro Alvarez, Diretor-Geral da Minisom – mas também de tornar mais acessível o tratamento de possíveis perdas auditivas, criando consciência sobre a prevenção”.

Ouvir bem afeta os aspetos mais visíveis de uma vida social ativa e também melhora o treino cognitivo. A saúde auditiva resulta num exercício para o cérebro, essencial para prevenir e retardar as deficiências cognitivas que podem ser severas numa população mais idosa.

Referências:
https://noise.eea.europa.eu/
http://www2.insa.pt/sites/INSA/Portugues/Paginas/portalInicio.aspx
https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/deafness-and-hearing-loss

 

Fonte: 
Taylor365
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Minisom