Estrias na adolescência: quais as opções de tratamento?
Também designadas de striae distensae ou estrias atróficas cutâneas, estas aparecem quando a pele estica muito. Elas podem surgir no abdómen, no tórax, nas ancas, na região lombar e nas coxas. Devido ao colagénio e ao tecido conjuntivo nessas áreas, se a pele esticar muito podem surgir cicatrizes roxo-avermelhadas. Com o tempo, elas se tornam mais finas e esbranquiçadas.
Alguns fatores que tornam os adolescentes predispostos ao aparecimento de estrias são o risco genético ou histórico familiar de estrias, excesso de peso ou obesidade, gravidez e uso de esteroides tópicos ou orais como a prednisona.
Muitos pais e adolescentes recorrem à Internet para descobrir o que podem fazer a respeito das estrias. O que eles encontram são várias “curas milagrosas”. Remédios caseiros, como manteiga de cacau, óleos de vitamina E, entre outros, alegam fazer com que as estrias diminuam ou desapareçam. No entanto, estes truques, ainda que inofensivos, não vão ajudar a tratar as estrias.
Do ponto de vista médico, as estrias não precisam de tratamento porque elas não são nocivas nem causam dor. Elas geralmente diminuem ao longo do tempo, com ou sem tratamento, mas podem não desaparecer completamente.
Opções de tratamento
- Cremes com retinoides
Os retinoides ajudam a reconstruir o colagénio na pele, o que pode ajudar a deixar o tecido da cicatriz mais parecido com a pele sem danos e melhorar a aparência das estrias.
- Terapias de luz e a laser
Estes tratamentos ajudam a estimular o crescimento de colagénio ou elastina na pele e podem reduzir a aparência avermelhada.
- Microdermoabrasão
Um dispositivo portátil que sopra cristais na pele, refinando a camada de pele, pode deixá-la com a aparência normal novamente.
“Se estiver interessado em tratar as estrias com creme com retinoides, converse com o pediatra do seu filho ou com um profissional de medicina familiar. No entanto, deve consultar um dermatologista se quiser discutir outras opções de tratamento”, explica Kevin Boyd, dermatologista da Mayo Clinic
A adolescência é um bom momento para falar sobre a saúde geral da pele, relembra. “Todas as pessoas, incluindo adolescentes, devem prevenir queimaduras solares, evitando a exposição ao sol entre 10h e 16h, usando protetor solar com fator de proteção solar (FPS) de pelo menos 30 ao longo do ano e evitar o bronzeamento artificial”, refere.
Por fim, é importante fazer autoexames na pele regularmente. Todas as diferenças ou alterações, como sinais que se destaquem ou pareçam diferentes, devem ser observados por um especialista.