Epicondilite lateral em tenistas
O ténis é uma das modalidades desportivas mais populares que envolve movimentos explosivos e repetitivos por meio de vários passes e movimentos específicos que tornam os atletas mais suscetíveis a uma série de lesões. Adicionalmente, ao contrário dos restantes desportos, este não tem um limite de tempo pelo que cada partida poderá durar várias horas, exigindo centenas de movimentos curtos e explosivos de energia.
A Epicondilite Lateral, ou “tennis elbow”, é uma tendinopatia degenerativa pela execução de movimentos repetidos de supinação e pronação com extensão do cotovelo com principal lesão nos músculos extensores do punho, com grande percentagem no músculo curto extensor radial do carpo, caracterizada por uma dor localizada e aumento de sensibilidade na proeminência óssea do epicôndilo lateral que, em casos mais graves, pode irradiar para o antebraço e punho. Esta afeta cerca de 50% dos tenistas, variando com o nível de prática e a forma de execução da técnica nos movimentos.
A sobrecarga da articulação do cotovelo pode também estar relacionado com o tamanho e a qualidade do equipamento utilizado. O tamanho do cabo da raquete pode influenciar a forma como as forças são transmitidas uma vez que parece influenciar a preensão do tenista, ou seja, a utilização de um tamanho de cabo incorreto implica aumentar a força de preensão que, por sua vez, aumentará a transmissão de forças prejudiciais ao cotovelo.
A Fisioterapia é uma das estratégias conservadoras que tem mostrado grandes benefícios na intervenção desta patologia, nomeadamente, através da utilização de exercício terapêutico, englobando o fortalecimento e alongamentos das estruturas afetadas, utilização de meios físicos e técnicas terapia manual. A terapia farmacológica, sendo prescrita por um profissional médico, pode também ser um complemento importante para a diminuição da inflamação e efeito analgésico.